Mercado financeiro segue pressionando soja em Chicago, com fundos reduzindo posições e cotações perdendo suporte técnico

Publicado em 22/03/2023 17:08
Aaron Edwards - Consultor de Mercado da Roach Ag Marketing
Consultor lembra que a tendência dos preços da soja em Chicago pode ser definida pelo relatório de área plantada dos EUA na próxima semana

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Mercado financeiro segue pressionando soja em Chicago, com fundos reduzindo posições e cotações perdendo suporte técnico

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As cotações futuras da soja encerraram a sessão desta quarta-feira (22) na Bolsa de Chicago (CBOT) com quedas próximas dos 20 pontos, inclusive com rompimentos de patamares importantes no dia. O financeiro, em meio temores com o sistema bancário, foi o principal fator de impacto nos preços.

Os principais vencimentos da oleaginosa perderam no dia entre 18 a 25 pontos na CBOT, com o maio/23 sendo cotado a US$ 14,48 e o julho/23 a US$ 14,25 por bushel. Nos derivados, perdas também foram vistas, de quase 2% para o farelo e de quase 3% para o óleo de soja.

A preocupação com o sistema financeiro global seguiu como o principal fator de pressão para as negociações, já que pode impactar na demanda. O Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) deu sequência ao ciclo de aperto monetário nesta quarta-feira.

A instituição elevou a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, a um intervalo de 4,75% a 5% ao ano.

"Sem notícias fundamentalistas que mexem muito no mercado e considerando o fato que tem grandes notícias no mundo financeiro, o mercado em Chicago tá sendo dominado pela movimentação de capitais", explica Aaron Edwards, consultor de mercado da Roach Ag Marketing.

Ele acrescenta que, apesar de o mercado ter pedido no dia um suporte médio importante, ainda é cedo para falar em consolidação de um canal de baixa para o mercado futuro da soja. Além disso, a demanda não é um impacto de baixa para o mercado neste momento, principalmente a chinesa.

"Eu antecipo que a soja vai ter pelo menos uma recuperação parcial e, se tiver algum risco climático nos Estados Unidos ou alguma surpresa no relatório de 31 de março, tem motivos para pensar em fôlego", ressalta Edwards. O relatório do final do mês é baseado em entrevistas com produtores, ou seja, ele tende a apresentar dados mais sólidos.

Sobre uma possível retomada de alta nos preços à frente, o analista trouxe orientações aos produtores. "As vendas dos produtores brasileiros no plano comercial pré-safra elas já deveriam ter sido feitas. As vendas no segundo semestre ainda têm motivo para se pensar que maio, junho e setembro vão apresentar possibilidades pela frente".

Apesar de impacto contido para a soja, o mercado de grãos também monitora renovação do acordo que garante o corredor de exportação de produtos agrícolas pelos portos da região do Mar Negro.

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Por:
Aleksander Horta e Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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