BCBA faz novo corte na safra de milho da Argentina e estima menor safra em 22 anos
Nesta quinta-feira (16), a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) trouxe sua atualização de reportes sobre a safra de milho da temporada 2022/23 na Argentina, reduzindo novamente a expectativa de produção do país.
Na semana passada, a BCBA já havia reduzido o potencial para 37,5 milhões de toneladas e agora o novo número esperado passa a ser de 36 milhões de toneladas, 1,5 milhão a menos do que o último reporte e 16 milhões a menos do que a safra passada e o que era esperado para este ciclo.
![evolução dos rendimentos de milho da Argentina](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/800x2000/evolucao-dos-rendimentos-de-milho-da-argentina-LnpN2.jpg)
“Durante os últimos sete dias, a onda de calor continuou a afetar o potencial de rendimento dos quadrados tardios do cereal. Somada à queda na expectativa de produtividade desses lotes, a safra de plantio antecipado apresenta a menor produtividade desde o ciclo 2000/01”, explica o relatório.
No momento, a BCBA classifica as lavouras de milho da Argentina com 7% em condições boas ou excelentes, 33% normais e 60% regulares ou ruins. Além disso, 37% da área tem condição hídrica adequada ou ótima e 63% regular ou seca.
![condições do milho argentina 16 de março 2023 bcba](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/800x2000/condicoes-do-milho-argentina-16-de-marco-2023-bcba-43YpK.jpg)
Na semana passada, esses índices eram de 5% boas ou excelentes, 36% médias e 59% ruins. Do lado das condições hídricas, 35% das lavouras estavam como ótimas ou adequadas e 65% com regulares ou secas.
Os técnicos da Bolsa relatam que, depois de uma nova semana com temperaturas muito elevadas em grande parte da área agrícola nacional, o stress termo-hídrico dos campos aumentou.
“Os produtores mencionam a má polinização em parte dos lotes tardios e da segunda ocupação, o que limita o rendimento potencial dessas plantações”, diz a BCBA.