Estudo revela volume de pastagens degradadas no Alto Taquari (MS) e simula impactos da restauração
O Instituto Taquari Vivo (ITV) promove no próximo dia 15 de março, no Bioparque Pantanal em Campo Grande, um evento técnico em comemoração aos dois anos da entidade. Além de apresentar os resultados do trabalho conjunto com o Governo do Estado na implementação do Projeto Piloto Córrego da Pontinha, no âmbito do PROSOLO, será feita a entrega oficial de um amplo estudo realizado em parceria com a Salva Tecnologia de Monitoramento Ambiental, sobre a dinâmica do uso do solo, com um diagnóstico preocupante: 52% das pastagens na região ainda estão degradadas ou em degradação.
“É um estudo inédito, onde pudemos analisar, através de tecnologia avançada e de um grupo multidisciplinar de pesquisadores, a mudança ocorrida no uso e cobertura da terra nos últimos 20 anos. Também observamos a situação de conservação de APPs e Reservas Legais, assim como a qualidade de pastagens. Tudo em uma área de 2,8 milhões de hectares”, explica a CEO da Salva, Mariana Caetano.
O diretor executivo do Instituto Taquari Vivo, Renato Roscoe enfatiza que a instituição realiza ações de recuperação no entorno da bacia do Alto Taquari, sempre baseadas em dados e informações científicas. O estudo trata do passado e faz uma fotografia do presente, identificando a situação da cobertura vegetal e das pastagens no alto Taquari. Além disso, lança um olhar para o futuro ao trabalhar diferentes cenários de restauração.
“As informações levantadas e projetadas pela Salva nos dão a dimensão dos desafios do alto Taquari e nos ajudam a compreender o impacto de nossas ações (presentes e futuras). Trata-se de uma ferramenta de diagnóstico importante para ordenar nossas ações. Serve de base para a implementação das políticas públicas e para os esforços de restauração de toda a bacia”, complementa Roscoe.
É o que tem buscado o Instituto nos últimos dois anos, levantar o máximo possível de informações para orientar as ações e, ao mesmo tempo, conduzir pilotos com modelos de intervenção que possam se expandir para toda a bacia. “No Projeto Piloto do Córrego da Pontinha, através das ações do PROSOLO, já atendemos cerca de 40 produtores rurais e implantamos estruturas de contenção de erosão em mais de mil hectares, uma parceria da SEMADESC com ITV, Agraer, Prefeitura de Coxim, Cointa e Senar MS. As informações trazidas pelo estudo do ITV/Salva vão nos auxiliar a expandir as ações para as demais regiões da bacia de forma ordenada”, ressalta o Secretário Executivo de Desenvolvimento Econômico da SEMADESC, Rogério Beretta.
O evento será realizado no dia 15 de março, das 8 às 10 horas da manhã, no Bioparque Pantanal.
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