Soja tem mais uma sessão negativa em Chicago com embarques fracos nos EUA, China regulando demanda e forte avanço da colheita no Brasil
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Soja tem mais uma sessão negativa em Chicago com embarques fracos nos EUA, China regulando demanda e forte avanço da colheita no Brasil
Nesta segunda-feira (27), os preços da soja mudaram de lado e fecharam o dia na Bolsa de Chicago com baixas de até 11,50 pontos nos principais contratos, levando o março a US$ 15,17 e o maio a US$ 15,12 por bushel. Segundo explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, é uma pressão que reflete uma série de fundamentos negativos acumulados.
Entre eles estão a menor atuação da China em compras nos Estados Unidos, buscando garantir algumas operações com trigo e outros produtos na Rússia, como alternativa para a produção de alimentação animal. "A China atua pouco nos EUA agora e isso ajuda a pressionar Chicago", diz.
Mais do que isso, o mercado vai se sentindo pressionado também pela nova oferta brasileira que chega ao mercado. Em Mato Grosso a colheita tem avançado bem, faltando menos de um quarto da nova safra para ser colhida e trazendo muita soja disponível ao mercado. "E o restante do Brasil vai colher muito nas próximas semanas", complementa Brandalizze.
O consultor afirma também que a Argentina, aos poucos, vai perdendo espaço na precificação apesar de perdas tão agressivas. Os compradores vão buscando susbtitutos para o óleo de soja vindo de lá, bem como para o farelo - que continua em alta dada a falta da oferta do maior exportador mundial - e precisam novas notícias sobre o complexo local para voltar a motivar movimentos mais fortes em Chicago pela soja argentina.
A tendência de baixa ou não para os preços na CBOT, ainda como explica Brandalizze, irá se desenhando, a partir de agora, com as notícias que forem chegando também da nova safra americana. Segundo o consultor, com boas condições de clima e a temporada se desenvolvendo bem pode pesar mais sobre as cotações, "no entanto, se tivermos um cenário de clima irregular, com a confirmação de um El Niño, podemos ver as cotações revertendo".
MERCADO BRASILEIRO
No Brasil, o mercado vai se acomodando na baixa, afirma ainda Vlamir Brandalizze. Os indicativos nos portos apontam para valores consideravelmente menores em relação às últimas semanas. Além da pressão sobre Chicago, há ainda o dólar sem uma direção definida, prêmios pressionado - e levemente negativos de 5 a 6 centavos de dólar - tudo refletindo uma oferta maior, aos poucos, se apresentando ao mercado.
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