Milho reage ao USDA e Chicago despenca até 2,2% nesta 5ªfeira
A quinta-feira (23) chega ao final com preços futuros do milho contabilizando mais revés do que ganhos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 87,75 e R$ 88,75.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 88,27 com alta de 0,03%, o maio/23 valeu R$ 88,75 com queda de 0,45%, o julho/23 foi negociado por R$ 87,88 com perda de 0,31% e o setembro/23 teve valor de R$ 87,45 com baixa de 0,29%.
Os contratos do cereal brasileiro recuaram acompanhando as movimentações negativas registradas na Bolsa de Chicago (CBOT) e na flutuação cambial em que o dólar caiu ante ao real nesta quinta-feira.
O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca ainda que o mercado está apreensivo com relação ao plantio da segunda safra de milho, que deverá ficar com muitas áreas semeadas em março, fora da janela ideal de cultivo.
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As exportações brasileiras de milho seguem evoluindo e nos 13 primeiros dias úteis de fevereiro de 2023 já contabilizou 1.685.190 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Sendo assim, o volume acumulado neste período já representa 119,3% mais do que o total de 768.396,6 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de fevereiro de 2022.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve uma quinta-feira de estabilidade. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou nenhuma movimentação nas cotações das praças pesquisadas.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “os negócios no mercado físico do milho ocorrem de maneira pontual, com o encarecimento do frete pesando sobre a comercialização, o que resulta na lateralidade dos preços, em Campinas/SP o cereal é vendido na casa dos R$ 86,00/sc”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) operou ao longo de toda a quinta-feira com os preços internacionais do milho futuro no campo negativo, aprofundando os recuos após as divulgações do Outlook Fórum do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,60 com perda de 13,75 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,59 com desvalorização de 15,00 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,50 com baixa de 13,25 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,00 com queda de 7,75 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira (22), de 2,08% para o março/23, de 2,23% para o maio/23, de 2,11% para o julho/23 e de 1,15% para o setembro/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho da Bolsa de Chicago atingiram uma mínima de seis semanas nesta quinta-feira, com o governo dos Estados Unidos projetando que os agricultores plantarão mais hectares este ano e os preços cairão.
O USA, em seu Fórum Anual de Perspectivas Agrícolas, estimou as plantações de milho em 2023 em 91 milhões de acres (36,8 milhões de hectares), acima dos 88,6 milhões do ano passado, e a produção em 15,085 bilhões de bushels, com base em um rendimento recorde de 181,5 alqueires por acre.
“Eles dão uma indicação de que temos potencial para grandes safras e potencial para o aumento dos estoques finais”, disse Karl Setzer, líder de pesquisa de corretagem da Mid-Co Commodities.
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