Mercado futuro do boi reabre e reage mal à investigação do caso de Vaca Louca no Pará acionando limite de baixa e perdendo mais de 5% na B3

Publicado em 22/02/2023 16:38
Fernando Henrique Iglesias - Analista da Safras & Mercado
No mercado físico os frigoríficos não indicaram preços e já sinalizam suspensão nos abates

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Mercado futuro do boi reabre e reage mal à investigação do caso de Vaca Louca no Pará acionando limite de baixa e perdendo mais de 5% na B3

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Após o Ministério da Agricultura e Pecuária confirmar que está investigando um caso de EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina) no estado do Pará, o mercado do boi gordo já começou a sentir os efeitos nas negociações futuras e no físico. 

Algumas indústrias iniciaram o dia sem oferta de preços e suspendendo os abates durante esta semana. O mercado futuro também sentiu as consequências e os vencimentos março e maio operaram próximos do limite de queda na Bolsa Brasileira (B3) nesta quarta-feira (22). 

Na última vez que esse mecanismo foi acionado na B3 foi em setembro  de 2021, quando foram relatados dois casos atípicos de vaca louca em Minas Gerais e em no Mato Grosso. Na última sexta-feira (17), as negociações futuras trabalhavam próximos de R $300,00 por arroba nos contratos, e hoje, estão em torno de R$ 290,00/@.

O Ministério da Agricultura e Pecuária ainda deve divulgar um laudo nos próximos dias. De acordo com o Analista de Mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o resultado do exame tem potencial para acalmar o mercado, entretanto ainda não é o bastante em função do acordo comercial firmado entre Brasil e China.

O analista ainda completa que o Brasil deixa de exportar a carne bovina de forma voluntária quando é notificado um caso. "A duração do embargo depende exclusivamente da decisão chinesa, sejam casos típicos, sejam casos atípicos da doença. Da última vez, o embargo durou em torno de 100 dias e que acabou prejudicando as programações das indústrias frigoríficas", comentou. 

Por outro lado, a China também depende das importações de carne bovina do Brasil por conta dos outros produtores que não conseguem atender a demanda.“Por essa necessidade de compra, pode levar esse embargo a ser menor se comparado com o último caso”, relatou em entrevista ao Notícias Agrícolas.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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