Rio Tinto corta dividendos após queda de lucro com demanda mais lenta na China

Publicado em 22/02/2023 12:29

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Por Clara Denina e Harish Sridharan

LONDRES (Reuters) - A Rio Tinto cortou mais da metade de seus dividendos nesta quarta-feira, depois de registrar uma queda de 38% no lucro anual, prejudicada pelos preços mais fracos do minério de ferro, com a desaceleração da demanda da China, e custos mais altos de mão de obra e materiais.

A anglo-australiana se junta a outras mineradoras ao relatar lucros e pagamentos aos acionistas mais baixos em relação aos níveis recordes registrados em 2022, depois que paralisações reduziram a produção e aumentaram os custos com energia, mão de obra qualificada, explosivos e equipamentos.

A Rio publicou ganhos de 13,3 bilhões de dólares em 2022, em comparação com um recorde de 21,4 bilhões de dólares em 2021, abaixo da estimativa da Refinitiv de 13,8 bilhões de dólares. A empresa declarou um dividendo anual de 4,92 dólares por ação, abaixo do valor recorde de 10,40 dólares por ação em 2021.

As restrições rígidas contra Covid-19 na China, maior produtora global de aço, reduziram a atividade econômica no ano passado, derrubando os preços do minério de ferro dos níveis elevados no ano anterior.

Mas a companhia, maior produtora mundial de minério de ferro, disse que o consumo chinês mostra sinais de recuperação.

"É muito positivo que a China agora também saia dos bloqueios contra Covid... e estamos confiantes de que a demanda (da China) será um fator estabilizador para a economia mundial em 2023", disse o presidente-executivo Jakob Stausholm a repórteres.

A China, segunda maior economia do mundo, reabriu em janeiro suas fronteiras e flexibilizou as regras de quarentena para viajantes após três anos de controles rígidos, e está implementando políticas para impulsionar sua economia em declínio.

A Rio Tinto reduziu sua previsão de investimentos de capital para 2023 para 8 bilhões de dólares, ante previsão de 8 bilhões a 9 bilhões de dólares, enquanto elevou suas estimativas para 2024 e 2025 para o intervalo entre 9 bilhões e 10 bilhões de dólares.

As estimativas incluem cerca de 3 bilhões de dólares por ano para capital de crescimento, disse o diretor financeiro Peter Cunningham, enquanto a mineradora se move para acelerar projetos, incluindo o vasto depósito de minério de ferro da Guiné chamado Simandou, o ativo de lítio da Argentina Rincon e a expansão subterrânea de sua enorme mina de cobre e ouro Oyu Tolgoi na Mongólia.

(Reportagem de Clara Denina, Harish Sridharan, Harshita Swaminathan)

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Fonte:
Reuters

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