Surtos de gripe aviária ajudam a pressionar as cotações do milho na B3 nesta 5ªfeira
A quinta-feira (16) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As primeiras cotações recuaram, enquanto as do segundo semestre avançaram, com as posições flutuando na faixa entre R$ 88,11 e R$ 88,94.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 88,34 com baixa de 0,07%, o maio/23 valeu R$ 88,95 com perda de 0,49%, o julho/23 foi negociado por R$ 88,22 com elevação de 0,36% e o setembro/23 teve valor de R$ 88,11 com ganho de 0,49%.
De acordo com a avaliação da Agrinvest, os surtos de gripe aviária na América do Sul continuam pressionando os preços.
“Os surtos foram reportados em aves silvestres no litoral sul do Uruguai e no norte da Argentina na fronteira com o Chile. Para o Brasil, o risco de um surto em granjas pode ser pequeno, mas o risco à imagem da carne pode afetar volumes e preços na exportação. A margem da indústria não está boa, o que pode ser mais um fator negativo ao consumo de milho, assim como as indústrias cobertas até abril e as cooperativas no RS e PR liberando espaço para a entrada da soja”, explica a consultoria.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou altos e baixos neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações nas praças de Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Itiquira/MT e São Gabriel do Oeste/MS. Já as desvalorizações apareceram em Castro/PR, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Itapetininga/SP e Porto Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
A análise da Agrifatto Consultoria aponta que, “a comercialização do milho segue ocorrendo de maneira pontual, com os produtores atentos a colheita dos grãos, e o preço segue na casa dos R$ 86,00/sc no mercado físico de Campinas/SP”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT), abriu os trabalhos desta quinta-feira com os preços internacionais do milho futuro recuando, mas encerrou as atividades com as cotações do cereal praticamente estáveis, com pequenas alterações para cima e para baixo.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,76 com queda de 0,25 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,75 com alta de 1,00 ponto, o julho/23 foi negociado por US$ 6,64 com ganho de 0,75 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,08 com perda de 1,50 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (15), de 0,15% para o maio/23 e de 0,15% para o julho/23, além de baixa de 0,33% para o setembro/23 e de estabilidade para o março/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos tiveram um pregão agitado nesta quinta-feira, com traders avaliando as perspectivas ruins de safra na Argentina contra a colheita em expansão de uma grande safra brasileira e aguardando novas direções.
“É uma falta de direção. As pessoas estão assumindo a liderança de fora (mercados), semelhante a ontem”, disse à Reuters, Terry Reilly, analista sênior de commodities da Futures International em Chicago.
A publicação ainda destaca que, os mercados de grãos tiveram apoio subjacente de questões sobre se um acordo de transporte seguro para as exportações de grãos da Ucrânia será estendido com o primeiro aniversário da invasão da Rússia na Ucrânia na próxima semana.
“A Rússia ainda tem muito trigo para exportar a preços baixos. Permanece a incerteza sobre se o canal de transporte seguro para as exportações de grãos da Ucrânia será estendido em março, mas a Rússia também teria muito a ganhar com a continuação das exportações pacíficas de grãos do Mar Negro", disse à Agência, Matt Ammermann, gerente de risco de commodities da StoneX.
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