Com anos de preços altos pela frente, compradores de GNL cobiçam negócios de longo prazo

Publicado em 09/02/2023 11:34

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Por Florence Tan e Shariq Khan

BENGALURU, Índia (Reuters) - O mercado global de gás natural liquefeito (GNL) poderá levar um tempo para se ajustar ao abalo do ano passado, e os preços altos estimularão a busca por negócios de longo prazo, disseram executivos do setor na conferência India Energy Week.

Depois que a Rússia cortou o fornecimento canalizado para a Europa após a invasão da Ucrânia, os preços do gás atingiram novos recordes e a Europa comprou volumes recordes de GNL.

Os preços do gás de referência da Europa e do GNL à vista asiático atingiram máximas históricas.

"O que prevejo nos próximos anos, vejo que as tensões que observamos em 2022 não terminaram em 2023", disse Thomas Maurisse, vice-presidente sênior de GNL da francesa TotalEnergies.

"Mesmo que a Europa esteja agora mais confiante de que passaremos o inverno de 2023, ainda será difícil e pode haver demanda voltando na Europa e na China."

A oferta da Rússia pode cair ainda mais, enquanto o crescimento da oferta de GNL "não será suficiente" este ano, possivelmente significando que os preços permanecerão "um pouco mais altos nos próximos anos", apesar de terem diminuído recentemente, disse Maurisse.

Espera-se que a demanda da China, o segundo maior importador de GNL do mundo, recupere-se este ano, embora as importações ainda devam ficar abaixo dos níveis recordes de 2021.

Embora os preços spot asiáticos de GNL na semana passada tenham caído mais de 70% de seus níveis recordes para 18,50 dólares por milhão de unidades térmicas britânicas (mmBtu), eles permanecem altos em comparação com os valores anteriores de um dígito, levando os compradores a buscar contratos de longo prazo para evitar a volatilidade do mercado spot.

"O que a indústria percebeu agora é que não dá para fazer negócios de longo prazo em compras à vista. Então a necessidade é ter contratos de longo prazo, um bom mix de contratos de longo prazo, curto prazo e médio prazo", disse Akshay Kumar Singh, presidente-executivo da Petronet GNL da Índia.

(Por Florence Tan e Shariq Khan)

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Fonte:
Reuters

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