Venda de carros na China despenca 38% em janeiro

Publicado em 08/02/2023 10:27

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XANGAI/PEQUIM (Reuters) - As vendas de carros na China caíram 38% em janeiro, revertendo um ganho de 2,4% no mês anterior, mostraram dados da indústria nesta quarta-feira, com a demanda enfraquecida após fim de corte de impostos e subsídios.

As vendas de carros elétricos e híbridos também caíram em janeiro, em 6,3%, após crescimento de 90% em 2022, informou a Associação de Carros de Passageiros da China (CPCA).

"As vendas de carros elétricos em janeiro não atenderam às nossas expectativas, com um raro declínio ano a ano nas vendas mensais", disse Cui Dongshu, secretário-geral da CPCA.

Cui disse que o Ano Novo Lunar e o fim dos subsídios aos veículos elétricos estão entre os fatores que levaram ao declínio.

Apesar dos sinais de diminuição da demanda no maior mercado automotivo do mundo, o governo da China não estendeu um corte de 50% no imposto sobre compra de veículos com motor a combustão quando expirou no final de dezembro.

O governo também decidiu encerrar um subsídio nacional de mais de uma década para compras de veículos elétricos, forçando as montadoras, incluindo a Tesla, a concederem descontos maiores para defenderem participações de mercado.

O mercado automotivo da China depende mais de vários incentivos dos governos locais. Xangai estendeu um desconto de 10 mil iuans (1.470 dólares) para quem trocar seus carros a combustão por elétricos, enquanto as cidades de Zhengzhou, Wuxi, Shenyang e Pequim emitiram cupons para o consumo de automóveis.

A Tesla vendeu 66.951 veículos elétricos fabricados na China em janeiro. Isso representou um aumento de 18% em relação a dezembro e 10% a mais em relação ao ano anterior.

A empresa norte-americana foi a segunda fabricante de veículos elétricos mais vendida na China no mês passado, depois da BYD, que vendeu 150.164 carros, informou a CPCA.

Os veículos elétricos e híbridos representaram um quarto do total de 1,3 milhão carros vendidos no mês passado na China, mostraram dados da CPCA, uma queda acentuada em relação à participação de 35% em novembro de 2022.

(Por Zhang Yan e Brenda Goh)

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Fonte:
Reuters

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