CNI: Falta de confiança na economia atinge 19 de 29 setores industriais em janeiro
Mais da metade dos setores da indústria passou a demonstrar falta de confiança na economia em janeiro deste ano. O Índice de Confiança do Empresário Industrial por setor (ICEI-resultados setoriais), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que 19 dos 29 setores consultados ficaram abaixo dos 50 pontos, linha de corte que separa confiança da desconfiança. Foram entrevistadas 2.048 empresas, sendo 839 de pequeno porte, 715 de médio porte e 494 de grande porte, entre 3 e 13 de janeiro de 2023.
De acordo com a economista da CNI Larissa Nocko, entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, nove setores fizeram a transição de um estado de confiança para um de falta confiança. No entanto, na comparação entre um mês e outro, o índice de confiança caiu em 26 dos 29 setores analisados, em todas as regiões do Brasil e em todos os portes de empresa industrial, pequenas, médias e grandes empresas.
“Desde outubro de 2022 o índice de confiança dos diferentes setores industriais vem apresentando quedas sucessivas, antecipando a perda de ritmo da atividade econômica que agora nós vemos se concretizar em outros indicadores relativos ao fim de 2022. O empresário industrial está mais cauteloso e isso é transversal entre os setores industriais”, diz a economista.
A confiança do setor industrial recuou em todas as regiões do Brasil, sendo que as maiores quedas ocorreram nas regiões Norte, que passou de 55,5 pontos para 51,7 pontos, e no Sul do país, onde o ICEI caiu de 48,7 pontos para 46 pontos. A falta de confiança é mais intensa e disseminada nas pequenas e médias empresas. Nesses dois portes, o ICEI ficou em 48,8 pontos e 48,6 pontos, respectivamente, e mais afastados da linha de corte de 50 pontos. Nas grandes empresas, a falta de confiança é menor, como mostra o índice ainda próximo da linha divisória, em 49,7 pontos.
Setores mais confiantes – Produtos farmoquímicos e farmacêuticos; Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos; Obras de infraestrutura; Extração de minerais não metálicos.
Setores menos confiantes – Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros; Produtos de material plástico; Produtos de madeira; Máquinas e equipamentos.
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