OPAS emite alerta para surtos de gripe aviária em aves em dez países das Américas
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou para a crescente detecção de focos de gripe aviária em aves em dez países da Região das Américas e a recente confirmação de um caso de infecção humana causada pela influenza aviária A(H5) na América do Sul.
Em um alerta epidemiológico divulgado na quarta-feira passada, a OPAS destacou a importância do controle da infecção em aves como uma medida fundamental para reduzir o risco para as pessoas e recomendou que os países fortaleçam a vigilância da influenza sazonal e zoonótica em animais e populações animais.
A Organização também reiterou suas diretrizes sobre o diagnóstico laboratorial precoce em amostras humanas e animais e a respectiva investigação de casos e contatos, e recomendou que essas e outras ações de vigilância, prevenção e controle sejam realizadas de forma coordenada entre os setores da saúde , agricultura e meio ambiente.
Na região, o vírus influenza A(H5N1) foi identificado pela primeira vez em aves domésticas e selvagens em dezembro de 2014 na América do Norte. Desde então até a primeira semana de janeiro de 2023, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Honduras, México, Panamá, Peru e Venezuela detectaram surtos desse vírus em aves domésticas, granjas e/ou aves silvestres.
As infecções por esse vírus em humanos, que muitas vezes podem ter manifestações graves, têm sido muito menos comuns. Mas sempre que os vírus da gripe aviária circulam entre as aves, há o risco de ocorrência esporádica de casos humanos. Até agora, duas infecções humanas foram confirmadas na região: a primeira em abril de 2022 nos Estados Unidos e a segunda, em 9 de janeiro de 2023, no Equador.
Em geral, os casos humanos são raros e, quando ocorrem, não se espalham facilmente de pessoa para pessoa. No entanto, existe o risco de transmissão sustentada de humano para humano e pode levar a um surto ou até mesmo a uma pandemia.
As pessoas em risco são aquelas expostas a aves infectadas (domésticas, selvagens ou em cativeiro), como criadores de pássaros e funcionários envolvidos no controle de surtos. Os profissionais de saúde também correm risco de infecção se medidas adequadas de prevenção e controle não forem observadas. A OPAS recomenda o uso de equipamentos de proteção individual e outras medidas de higiene e saneamento.
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