Suinocultura independente: preços recuam levemente com oferta entrando na normalidade para a segunda quinzena do mês
O mercado da suinocultura independente nesta quinta-feira (12) registra valores estáveis ou quedas, mas menos abruptas do que o que parece. Isso porque, na semana anterior, preços sugeridos em alguns Estados não foram colocados em prática, e o que vigorou foram valores abaixo da sugestão, fluindo as vendas e se aproximando da normalidade no volume de animais para a virada da quinzena.
Em São Paulo, o preço teve queda forte em relação à semana anterior, saindo de R$ 8,53/kg (valor estabelecido sem acordo entre frigoríficos e produtores), para R$ 6,93/kg vivo, com acordo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). Apesar da aparente queda brusca, de acordo com Valdomiro Ferreira, presidente da APCS, ele explica que como não houve negociação na semana passada, o mercado não trabalhou com o preço de R$ 8,53/kg vivo.
Na verdade, como o líder paulista pontua, este valor de R$ 8,53/kg vivo serviu como uma referência baseada na Bolsa realizada ainda na semana anterior. O fato é que não houve essa derrubada, já que o preço médio trabalhado na semana passada foi de R$ 7,20/kg, e nesta semana temos R$ 6,93/kg vivo com acordo.
"O motivo desse preço de hoje é em função de uma melhora no volume de compra a partir da última segunda-feira. A expectativa do setores da cadeia produtiva é que a bolha da primeira semana de janeiro foi esvaziada, e há uma tendência de uma normalidade no volume tradicional para a segunda quinzena de janeiro", disse Ferreira.
No mercado mineiro, o valor recuou nesta quinta-feira, passando de R$ 7,20/kg vivo para R$ 7,00/kg vivo segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), com preço sugerido pela entidade.
"A sugestão de preços dessa semana é o valor que foi praticado na semana anterior. O conforto do suinocultor mineiro, para venda de animais, agora no mês de janeiro reflete na existência de folga de espaço das granjas. Não há pressão de oferta. A demanda também segue muito boa! Só não houve acordo com os frigoríficos pela alegação de concorrência de fora do estado", apontou o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles.
No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 05/01/2023 a 11/01/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 6,22%, fechando a semana em R$ 6,41/kg vivo.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,68/kg vivo", informa o reporte.
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