Recuperação dos estoques certificados dita ritmo da semana e arábica tem queda de 5% no acumulado
O mercado futuro do café arábica encerrou o último pregão da semana com desvalorização para os principais contratos nesta sexta-feira (6) na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
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Março/23 teve queda de 225 pontos, negociado por 158,30 cents/lbp, maio/23 teve baixa de 210 pontos, cotado por 158,50 cents/lbp, julho/23 teve queda de 205 pontos, valendo 158,80 cents/lbp e setembro/23 teve desvalorização de 180 pontos, cotado por 159,05 cents/lbp.
Estendendo as baixas do ano passado, o contrato referência recuou mais 5,38% nesta semana. No dia 30 de dezembro o contrato março/23 era negociado por 167,30 cents/lbp.
De acordo com analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, sem grandes novidades, o mercado de café segue sendo pautado pelas condições climáticas no Brasil e também pela recuperação dos estoques certificados na ICE. Os dois fatores juntos impedem um avanço mais significativo nos preços, o que acaba mantendo o mercado de café travado e com poucos negócios. O produtor não negocia nesses patamares de preços e os negócios seguem travados.
"Os estoques de café arábica da ICE aumentaram constantemente desde que caíram para 382.695 sacas, o menor nível em 23 anos, em 3 de novembro, e registraram um recorde de 830.272 sacas na sexta-feira", complementa a análise do site internacional Barchart.
A tendência é que o mercado volte a ter mais fluidez nas próximas semanas e o produtor deve continuar monitorar as condições do tempo. A fase atual de desenvolvimento é o que vai trazer ao mercado o real potencial da safra 23 do Brasil, após duas safras de frustração.
Para a Fundação Procafé, a safra brasileira deste ano será muito semelhante ao que foi em 2022. Segundo José Braz Matiello a florada não vingou nas principais áreas de arábica do país e queda de frutos estão sendo registradas nas principais áreas. Além disso, o frio fora de época e o excesso de chuva no Espírito Santo e na Bahia devem trazer algum impacto também na safra de conilon.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon teve um dia de ajustes técnicos. Março/23 teve queda de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 1825, maio/23 teve baixa de US$ 7 por tonelada, negociado por US$ 1797, julho/23 teve queda de US$ 9 por tonelada, negociado por US$ 1777 e setembro/23 teve desvalorização de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1763.
No Brasil, o físico acompanhou e também teve um dia dedesvalorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,94% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 990,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,97%, negociado por R$ 1.020,00, Machado/MG tevr queda de 3,61%, valendo R$ 935,00, Varginha/MG teve baixa de 2,88%, cotado por R$ 1.010,00, Campos Gerais/MG teve queda de 2,97%, cotado por R$ 980,00 e Franca/SP teve baixa de 1,89%, negociado por R$ 1.040,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 3,18% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.065,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,88%, valendo R$ 1.130,00, Varginha/MG registrou queda de 2,73%, cotado por R$ 1.070,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 2,80%, valendo R$ 1.040,00.
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