Dólar tem leve queda no dia frente ao real, mas caminha para fechar 1ª semana do ano em alta
Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar oscilava entre estabilidade e leve queda frente ao real nesta sexta-feira, mas ficava a caminho de fechar a primeira semana de negociações sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva em alta, com os investidores ainda cautelosos sobre a agenda econômica e fiscal do presidente.
O foco desta sessão ficará na primeira reunião ministerial de Lula e em dados de emprego dos Estados Unidos.
Às 10:15 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,28%, a 5,3378 reais na venda.
Na B3, às 10:15 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,37%, a 5,3650 reais.
O movimento desta manhã vinha depois que a moeda norte-americana à vista fechou a última sessão em baixa de 1,81%, a 5,3527 reais, na maior desvalorização percentual diária desde 20 de dezembro (-1,97%).
"O mercado conseguiu recuperar parte das perdas do começo da semana após o (ministro da Casa Civil) Rui Costa afirmar que não há discussões sobre uma alteração na reforma da Previdência e depois do discurso da (ministra do Planejamento Simone) Tebet ontem reafirmar sua visão mais liberal, fazendo contraponto aos seus pares da gestão econômica", disse a Guide Investimentos em nota a clientes.
Ainda assim, o dólar está a caminho de fechar a semana em alta de cerca de 1,2%, após ter disparado mais de 3% no acumulado dos dois primeiros dias úteis sob o novo governo, com investidores reagindo mal a críticas de Lula ao teto de gastos e à falta de detalhes sobre os planos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para o novo arcabouço fiscal do Brasil.
Apesar do foco no noticiário político local, "para hoje, o mercado norte-americano deve ser mais definitivo para definir o desempenho local", disse a Guide.
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgará, às 10h30(horário de Brasília), um relatório de empregos que deve mostrar abertura de 200 mil vagas de trabalho no país no mês passado, depois de 263 mil em novembro, de acordo com pesquisa da Reuters com economistas. Esse seria o número mais baixo em dois anos.
"O estado do mercado de trabalho é fundamental para a política monetária, já que o baixo nível de desemprego e o aumento dos salários tendem a pressionar a inflação de serviços, que continua elevada", disse a XP em nota.
Desta forma, um dado de criação de vagas mais forte do que o esperado tenderia a alimentar apostas num posicionamento agressivo por parte do Federal Reserve, o que, por sua vez, jogaria a favor do dólar.
Nesta manhã, o índice do dólar contra uma cesta de pares fortes subia 0,36%, a 105,500.
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