Açúcar fecha ano com alta acumulada de cerca de 7%, apesar de recuo nesta 6ª
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (30) com queda expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sentiu pressão com realização de lucros, além das informações sobre safra atual positiva no Brasil e a próxima.
Apesar disso, o terminal norte-americano fechou o ano com alta acumulada de cerca de 7%, acima de 20 cents/lb. Esse foi o quarto ano seguido que o mercado fecha no azul.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 1,23% no dia, cotado a 20,04 cents/lb, com máxima de 20,43 cents/lb e mínima de 20,01 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve perdas de 1,32%, a US$ 554,40 a tonelada.
Depois de avanço na véspera, os preços do adoçante voltaram ao vermelho acompanhando um movimento de realização de lucros, além de acompanhar as oscilações do petróleo durante parte do dia – pois o óleo passou a subir. Além disso, há foco nos fundamentos.
"Uma perspectiva melhor de oferta de açúcar está pesando sobre os preços", destacou o site internacional Barchart no dia.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trouxe nesta semana uma estimativa de produção na safra 2022/23 do Brasil de 598,3 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 4,4% ante o levantamento anterior e também do ciclo passado.
"O acréscimo foi motivado por ajustes na área colhida e produtividade obtida, principalmente no estado de São Paulo", disse a entidade na divulgação.
Além disso, a consultoria Datagro estimou que a safra 2023/24 de cana do Centro-Sul deve subir para 590 milhões de toneladas. Ambas as últimas safras de cana-de-açúcar do Brasil devem dar suporte importante para um estimado superávit global de açúcar.
Além disso, ainda há como fator de baixa no mercado a informação de que a Índia tem uma produção de açúcar acumulada nesta safra de 8,21 milhões de toneladas, um volume que é mais de 5% acima do que no ciclo anterior. Além disso, o país considera permitir exportações adicionais em janeiro.
MERCADO INTERNO
O ano termina também positivo para o açúcar no mercado físico. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou estável, negociado a R$ 136,69 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 137,55 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,74 c/lb com valorização de 0,63%.
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