Reuters: Estamos diante de fatos novos que ensejam o reforço da segurança, diz Flávio Dino

Publicado em 26/12/2022 11:46

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BRASÍLIA (Reuters) - O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira que é preciso haver um reforço na segurança para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva após a Polícia Civil do Distrito Federal ter prendido no sábado um suspeito de plantar um artefato explosivo próximo ao aeroporto de Brasília.

"Estamos diante de fatos novos que ensejam o reforço da segurança", disse ele, em entrevista à GloboNews.

Dino disse ainda esperar que as autoridades constituídas tomem até o dia 31 de dezembro as medidas cabíveis para desmobilizar os acampamentos diante dos quartéis, destacando que a medida é urgente. Ele afirmou que se está diante de uma situação ilegal, agora "configurada de forma cabal".

Segundo a Polícia Civil, o suspeito é um homem de 54 anos, vindo do Pará, e que estava em Brasília para manifestações antidemocráticas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. O suspeito estaria acampando diante do quartel-general de Brasília, onde desde o segundo turno das eleições manifestantes têm defendido ações ilegais de militares contra o governo eleito.

Na entrevista, Dino destacou que se está diante de crimes contra o Estado de Direito e "atos de terrorismo". Ele afirmou esperar que haja um quadro de normalidade durante a posse com essa desmobilização dos acampamentos. Segundo ele, tentar interromper a posse por um ato violento é um mal que não pode ser banalizado.

"Não se trata de um lobo solitário, há gente poderosa por trás disso e a polícia vai apurar, não vamos permitir terrorismo político no Brasil", disse.

"Vamos apurar as conexões entre agentes privados e agentes públicos e os acampamentos nos quartéis onde estava o suspeito preso", reforçou.

Procurado pela Reuters, o Ministério da Defesa disse que a questão sobre retirada das estruturas nas imediações dos quartéis é com o Exército. O Exército não respondeu de imediato a pedido de comentário.

 

(Reportagem de Flávia Marreiro, em São Paulo, e Ricardo Brito, em Brasília)

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Fonte:
Reuters

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