Gastos dos consumidores e inflação nos EUA desaceleram em novembro
WASHINGTON (Reuters) - Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos tiveram leve alta em novembro, enquanto a inflação esfriou ainda mais, mas não o suficiente para desencorajar o Federal Reserve de elevar a taxa de juros para níveis mais altos no próximo ano.
Os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, subiram 0,1%, disse o Departamento de Comércio nesta sexta-feira. Os dados de outubro foram revisados para mostrar que os gastos subiram 0,9%, ao invés de 0,8% como informado antes.
Economistas consultados pela Reuters projetavam aumento de 0,2% nos gastos dos consumidores. Parte da moderação nos gastos no mês passado refletiu uma mudança na demanda de bens para serviços.
Os gastos dos consumidores devem dar outro impulso ao crescimento econômico neste trimestre, depois de se unir às exportações para impulsionar o Produto Interno Bruto no terceiro trimestre. A economia cresceu a uma taxa anualizada de 3,2% no último trimestre, após contração no primeiro semestre do ano
As estimativas de crescimento para o quarto trimestre chegam a 2,7%. Os gastos dos consumidores estão sendo impulsionados por sólidos ganhos salariais, graças a um mercado de trabalho apertado, bem como pelas economias acumuladas durante o primeiro ano da pandemia da Covid-19
O banco central dos EUA está tentando diminuir a demanda por tudo, desde habitação até trabalho, conforme luta para levar a inflação de volta à sua meta de 2%.
Na semana passada, o Fed aumentou sua taxa de juros em 0,50 ponto percentual para uma faixa de 4,25%-4,50%, a mais alta desde o final de 2007. As autoridades do Fed preveem que a taxa aumente para entre 5,00% e 5,25% no próximo ano, um nível que poderia ser mantido por algum tempo.
Custos de empréstimos mais altos, economia em rápido esgotamento e diminuição da renda familiar poderiam asfixiar os gastos dos consumidores e levar a economia a uma recessão no próximo ano.
O índice de preços PCE subiu 0,1% no mês passado, depois de avançar 0,4% em outubro. Nos 12 meses até novembro, o índice de acumulou alta de 5,5%, de 6,1% em outubro.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice PCE avançou 0,2%, depois de subir 0,3% em outubro. O chamado núcleo do PCE subiu 4,7% na base anual em novembro, de 5,0% em outubro.
O Fed acompanha o PCE para definir a política monetária. Outras medidas de inflação também mostraram sinais de desaceleração.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
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