Milho: Mercado fecha em campo misto na B3 e no físico do Brasil nesta 2ª feira
O mercado futuro brasileiro de milho começou com uma certa falta de direção, já assumindo o ritmo mais lento de final de ano, quando tradicionalmente os negócios perdem força. Nesta segunda-feira (19), na B3, as cotações terminaram o dia em campo misto, com uma pequena baixa de 0,08% e R$ 87,98 por saca, enquanto o março subiu 0,25% para R$ 92,09. Mais cedo, todas as principais posições trabalhavam em campo positivo, porém, foram perdendo força ao longo da sessão.
De um lado, os futuros do cereal subiram acompanhando a alta do dólar frente ao real, com a moeda americana terminando o dia com 0,28% de ganho e valendo R$ 5,31.
Segundo o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, "o mercado nesta semana deve andar pouo, com os compradores se dizendo abastecidos e empurrando fechamnrots para o ano que vem. Assim, o movimento deve ser pontual". Ainda assim, as principais praças de comercialização registraram algumas oscilações no mercado físico.
Nesta segunda, as praças de Mato Grosso marcaram ganhos de 0,28% a 0,29%, com Rondonópolis ficando em R$ 71,70 por saca, Primavera do Leste com R$ 68,00 e Alto Garças com R$ 69,50 por saca. De outro lado, em Campo Grande/MS o indicativo cedeu 1,41% para R$ 70,00 e em Campinas/SP, 1,16% para R$ 85,00 por saca.
"O clima continuará sendo fator de apelo para os vendedores seguirem operando de maneira cautelosa e produtores dos estados centrais e até o Paraná podem vir para fechar novos volumes da safrinha de julho a outubro de 2023", complementa Brandalizze. "Com pouco interesse do setor para o milho curto, na semana do Natal, normalmente, pouco se consegue de caminhões para transportar e boa parte de cooperativas fazem férias coletivas entre os dias 20 e 2 de janeiro. Desta forma, o mercado tende a seguir lento de negócios".
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, os futuros do milho fecharam no vermelho, perdendo de 3 a 5,75 pontos nos principais contratos, levando o março a US$ 6,47 e o julho a US$ 6,43 por bushel.
Segundo o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa, o clima na América do Sul ajudou na pressão sobre os preços do grão neste início de semana na CBOT, bem como as baixas do trigo e o macrocenário.
"Os futuros de milho e soja reagiram ao prognóstico de chuvas, mais otimistas, para a América do Sul, com previsões de chuvas leves após o dia 24 de dezembro. A queda dos principais índices das bolsas americanas também pressionou os preços em CBOT, dificultando a recuperação das commodities na tarde desta segunda", afirma Sousa.
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