Epagri usa imagens de satélite para mapear área de soja em SC
A Epagri deu início ao processamento das imagens que irão compor o banco de dados do mapeamento da soja via imagens de satélite da safra 2022/2023. O objetivo é gerar informações e conhecimentos estratégicos para apoiar a tomada de decisão em ações de apoio à produção do complexo agroindustrial da proteína animal em Santa Catarina, a partir da cadeia de produção de milho e soja.
A partir deste mapeamento, a equipe prevê a instalação de uma plataforma de monitoramento, onde informações agrícolas, como área e produtividade da soja cultivada no estado, poderão ser acompanhadas de forma temporal. “Além disso, estas informações irão aperfeiçoar as estimativas da dinâmica da produção de grãos no estado, bem como subsidiar a ação governamental, como planejamento de armazenagem, instalação de indústrias ligadas ao agronegócio, entre outras linhas de ação agrícola”, comenta Haroldo Tavares Elias, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa e coordenador do projeto projeto “Cadeia de suprimentos de grãos para produção de proteína animal em Santa Catarina: informações e conhecimentos estratégicos para governança pública e desenvolvimento de mercados”, que contempla a etapa de mapeamento e tem financiamento da Fapesc, com contrapartida da Fecoagro.
Ao longo dos últimos anos a Epagri ainda mapeou por imagens de satélite as culturas de maçã, banana e arroz em Santa Catarina. O trabalho de mapeamento das culturas agrícolas no estado também faz parte de um acordo de cooperação técnica entre Epagri e Conab. A finalidade é compartilhar dados e conhecimento, bem como construir metodologias de mapeamentos de safras. De acordo com Jurandi Teodoro Gugel, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa e coordenador da parceria entre as duas instituições, a expectativa é realizar o mapeamento da safra 22/23 de soja primeiramente nos dez maiores produtores em área do estado, que somam 40% da área do total. Posteriormente, o trabalho será ampliado para o restante do território catarinense.
“Atualmente, imagens de satélite são consideradas um insumo na agricultura”, explica Kleber Trabaquini, pesquisador da Epagri/Ciram e doutor em sensoriamento remoto. Ele explica que são utilizadas técnicas de sensoriamento remoto e imagens do satélite europeu Sentinel-2 e do americano Landsat-8. “O uso dessa tecnologia auxilia na obtenção de dados e informações sobre uma das principais culturas de grãos do estado e também do Brasil”, analisa o pesquisador.
Dados da Epagri/Cepa demonstram que, em 10 anos, a área plantada de soja no estado passou de 519 para 767 mil hectares, um acréscimo de 248 mil hectares ou 47%.
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