Açúcar: Disparada do petróleo, câmbio e ajustes dão suporte a NY e Londres nesta 3ª
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (13) com alta de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres. O suporte acompanhou um movimento de ajuste de posições depois de quedas recentes no mercado, além de seguir o financeiro.
Por outro lado, também há atenção para a produção acima do esperado do adoçante no Centro-Sul do país na última quinzena de novembro.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 1,96% no dia, cotado a 19,76 cents/lb, com máxima de 19,83 cents/lb e mínima de 19,31 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato teve valorização de 1,18%, a US$ 540,30 a tonelada.
O mercado do petróleo subia mais de 3% nas bolsas ainda em meio aos temores com o fornecimento, após interrupção do oleoduto Keystone, além de atenção para o financeiro norte-americano. As oscilações do óleo impactam diretamente nos produtos de energia.
Como as usinas do Centro-Sul do Brasil têm a opção de produção durante a safra do açúcar ou do etanol, um biocombustível derivado da cana e usado como substitutivo da gasolina, os preços do adoçante sentem as oscilações do mercado futuro do petróleo.
Além disso, o dólar comercial tinha queda sobre o real nesta tarde de terça-feira, o que tende a desencorajar as exportações das commodities.
A demanda pelo açúcar brasileiro continua aquecida. Os dados de exportação do início de dezembro reportados neste início de semana foram muito positivos, com média diária acima do ano anterior, após recorde anual em novembro.
Como fator de pressão ao mercado, ainda há atenção para as preocupações com o clima nas origens asiáticas, além dos dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) que trouxe dados positivos de produção na última quinzena de novembro.
"O aumento da produção de açúcar no Brasil está reduzindo os preços depois que a Unica informou na segunda-feira que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na safra 2022/23 até novembro subiu 2,8% no ano, para 32,04 milhões de t", disse o Barchart.
Apenas na segunda metade de novembro foram produzidas 1,03 milhão de t do adoçante. Ou seja, uma alta anual de 532,32%. "O mercado foi sustentado recentemente pelo aperto de oferta de curto prazo, mas isso deve diminuir", complementou a Reuters.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado spot oscilam ao redor de R$ 140 a saca em meio moagem da safra 2022/23 finalizada na maioria das unidades produtoras.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve queda de 0,85%, negociado a R$ 139,34 saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,09 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,76 c/lb e queda de 1,09%.
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