Açúcar: Clima no BR e na Índia dão suporte para NY e Londres nesta 5ª

Publicado em 08/12/2022 18:17
Também há esperança de que a demanda da China melhore impulsionando os preços de todos os produtos de energia

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Os contratos futuros encerraram a sessão desta quinta-feira (08) com alta moderada a expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado foi novamente suportado pela atenção ao clima adverso em origens produtoras e a demanda.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 1,03% no dia, cotado a 19,68 cents/lb, com máxima de 19,83 cents/lb e mínima de 19,52 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato teve salto de 0,65%, a US$ 540,60 a tonelada.

Os preços do açúcar no mercado externo voltaram a subir na sessão desta quinta com atenção para as informações do Centro-Sul do Brasil e da Índia, apesar do financeiro mais negativo limitando patamares ainda mais expressivos ao adoçante.

"Os comerciantes citaram preocupações de que problemas climáticos nos principais produtores Brasil e Índia possam afetar a produção, embora eles tenham dito que estão esperando por mais detalhes", destacou a Reuters sobre o mercado.

A agência de notícias reportou nesta semana e o Notícias Agrícolas confirmou junto fontes do mercado de que a maioria das usinas no Centro-Sul está encerrando a moagem de cana para a temporada, deixando parte das lavouras para serem colhidas em 2023/24.

Além disso, partem da Índia informações de que o segundo maior exportador do adoçante no mundo, deve ter uma queda na produção de 7% na safra atual devido ao clima irregular que reduziu a produtividade dos canaviais. Também há atenção para a cota do país.

“Como a Índia e a Tailândia provavelmente se concentrarão nas exportações de branco, o bruto ainda pode encontrar suporte no aperto físico e, portanto, na paridade de exportação indiana. Atualmente, a estimamos em torno de 18,3c$/lb. Essa disparidade de correção de preços entre qualidades pode ser percebida como baixista para o prêmio do branco”, pontua Lívea Coda, Analista de Açúcar e Etanol da hEDGEpoint Global Markets.

A demanda, porém, traz boas expectativas em meio temores com a oferta. A China, por exemplo, tem flexibilizado seus isolamentos da Covid-19. "O aumento dos preços da energia pode levar as usinas de cana no Brasil a produzir mais etanol em detrimento do açúcar", acrescenta a Reuters.

No Brasil, as exportações de açúcar totalizaram 4,07 milhões de toneladas no último mês de novembro, 53% a mais do que no mesmo mês do ano passado, e o maior volume embarcado em todo o ano, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar no spot seguem em alta nesse momento que já é praticamente de entressafra. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,02%, negociado a R$ 139,03 saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,48 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,87 c/lb e alta de 0,45%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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