Pela primeira vez em 30 anos, preço do suíno independente em SP fica estável em todo o mês de novembro, contrariando demanda tradicional de final de ano

Publicado em 02/12/2022 11:17 e atualizado em 02/12/2022 14:33
Valdomiro Ferreira - Presidente APCS
Segundo liderança, desequilíbrio entre oferta e demanda manteve os preços estáveis no mercado independente por cinco semanas, custando R$ 7,73/kg

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Pela primeira vez em 30 anos, preço do suíno independente em SP fica estável em todo o mês de novembro, contrariando demanda tradicional de final de ano

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Os preços da suinocultura independente paulista registraram na última quinta-feira (1º de dezembro) estabilidade pela quinta semana consecutiva, valendo R$ 7,73/kg vivo. De acordo com o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, é a primeira vez em 30 anos que os preços ficam imutáveis em um mês de novembro. Tradicionalmente, o período é de demanda forte das agroindústrias em preparação para as festas de final de ano.

"Sendo assim, fica a questão da oferta e da demanda, com uma quantidade de animais nas granjas que não foram adquiridas para abate, e uma demanda enfraquecida, tanto pelo atacado e varejo, quanto pelo consumidor", explica Ferreira. 

Para além da problemática envolvendo este travamento nos preços, há a diferença entre o valor de venda do animal com os custos de produção. Ferreira detalha que, de acordo com os custos de produção para a suinocultura paulista, elaborados por uma equipe da Universidade de São Paulo (USP), há uma diferença grande, tanto para os pequenos quanto para os grandes criadores.

"Considerando o preço atual de venda de R$ 7,73/kg, há uma distância entre o custo de produção para granjas com mais de 2 mil matrizes, estimado em R$ 8,01/kg, e maior ainbda para as granjas pequenas, com até 500 matrizes, com custo de produção calculado em R$ 9,15/kg", explica a liderança.

O que pesa mais na cesta de custos é o investimento com a alimentação dos animais, representando 62,75% do total da cesta de custos de produção. O milho, dentro deste quesito, segue como um ponto chave de pressão, e segundo Ferreira, a chegada de 2023 não deve trazer alívio em relação aos custos para a suinocultura.

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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