Açúcar vira e fecha no campo positivo nesta 3ª feira após testar mínimas de 2 semanas
Após operarem em queda durante a maior parte do dia, os contratos futuros do açúcar passaram a subir na finalização dos trabalhos desta terça-feira (29) nas bolsas. O suporte veio das informações de a temporada global 2021/22 deve ser marcado por um superávit.
Além disso, os indicadores do financeiro também deram suporte aos preços.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,77% no dia, cotado a 19,53 cents/lb, com máxima de 19,78 cents/lb e mínima de 19,06 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato teve alta de 0,96%, a US$ 533,70 a tonelada.
As informações sobre as principais origens produtoras do adoçante seguem impactando os preços. A consultoria StoneX passou a ver que o comercial 2021/22 (outubro/setembro) deve ser marcado por um déficit de 1,2 milhão de toneladas, ante previsão de superávit leve.
"A correção realizada veio diretamente do impacto da região centro-sul na produção de açúcar, uma vez que os demais players já haviam finalizado suas safras ou acabaram fechando dentro das estimativas da StoneX", disse.
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Por outro lado, a temporada 2023/24 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do país foi atualizada para cima. A StoneX projeta moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul no próximo ciclo em587,6 milhões de toneladas. Isso é mais de 4 milhões de toneladas acima da estimativa anterior.
"Até o momento, os modelos climáticos apontam para um volume de precipitações próximo ou acima da normalidade, para as principais regiões canavieiras do centro-sul brasileiro", disse a StoneX em seu relatório de atualização de safra para o Brasil.
Além disso, na safra atual, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) reportou na última semana que a produção de açúcar na primeira metade de novembro no Centro-Sul totalizou 1,67 milhão de toneladas, o que representa uma alta de 162,19%.
No acumulado desde o início da safra 2022/2023, a fabricação do adoçante totaliza 31,97 milhões de toneladas, frente às 31,87 milhões de toneladas do ciclo anterior (+0,29%).
O mercado também acompanha expectativas positivas sobre a nova safra da Índia, que começou em outubro.
Do financeiro, o mercado do adoçante também encontrou suporte no dia do petróleo, que têm altas de mais de 1% e impacta todos os produtos de energia. Além disso, o dólar tinha forte queda sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities.
MERCADO INTERNO
O encerramento de safra no Centro-Sul do Brasil, marcado por menor oferta, tem dado sucessivos supores aos preços do açúcar.
"Levantamento do Cepea mostra que a maioria das usinas paulistas deve finalizar a produção até o final deste mês, sendo poucas as que continuam a moer cana em dezembro", disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP) em nota divulgada nesta terça-feira.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,34%, negociado a R$ 136 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,48 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,13 c/lb com alta de 0,25%.
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