Pesquisadores da Rede Bicudo Brasil se reúnem para discutir a metodologia dos ensaios para a safra 2022/23
Com o objetivo de avaliar a eficácia dos pesticidas usados pelo produtor para controle do bicudo-do-algodoeiro em diferentes regiões brasileiras, pesquisadores, técnicos, instituições e representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participaram de encontro virtual, na sexta-feira (25). Na oportunidade, o grupo debateu sobre os alteração de produtos e padronização da coleta dos dados dos ensaios. Os testes de campo estão previstos para a safra 22\23 e auxiliam na tomada de decisão do produtor para o manejo da principal praga do algodoeiro no campo.
Antes do início da nova safra, o grupo aproveitou para aprimorar a metodologia a ser aplicada nos ensaios de campo. Foram discutidas questões referentes, por exemplo, ao número de aplicações nas lavouras e o espaçamento da pulverização (realizar cinco pulverizações sequenciais, no mínimo, espaçadas de cinco dias (±um dia) uma da outra (não exceder o intervalo); a época da aplicação, como a necessidade de a primeira aplicação na cultura estar com 2% a 3% de botões florais atacados pelo bicudo-do-algodoeiro (é importante considerar a alimentação, oviposição, mais a presença do adulto), determinando o início do ensaio. Os inseticidas deverão ser aplicados com equipamento de pressão constante, dotado de barra de pulverização com pontas de pulverização do tipo cone vazio. Obedecer a uma faixa de diluição de 65-80 litros de calda por hectare (Alto Volume) ou 8 a 10 litros de calda por hectare (Baixo Volume Oleoso). Todos os tratamentos e respectivas repetições devem ser aplicados no mesmo "momento" e as caldas não podem "repousar" por mais de duas horas. Coleta de botões caídos – medida facultativa.
Os pesquisadores também destacaram a necessidade de se observar os intervalos: ao menos cinco pulverizações sequenciais espaçadas de cinco dias uma da outra (sem exceder o intervalo). É importante ainda realizar avaliações nas plantas, a cada três e cinco dias, iniciando-as após a segunda pulverização (três e cinco dias após a segunda aplicação), contabilizando-se o número de botões danificados pela praga. Paralelamente, durante a condução de todo o experimento, é importante fazer coleta periódica de todos os botões florais e maçãs novas caídos das plantas, nas quatro entrelinhas centrais da parcela, sendo divididos em sadios e atacados, permitindo o cálculo da porcentagem de estruturas caídas atacadas. Este método de avaliações serve de auxílio para interpretar as eficiências dos inseticidas, obtidas pelas avaliações na planta. Além disto, como há a coleta periódica das estruturas caídas em trinta por cento da área do experimento, o método contribui para se trabalhar com menores infestações da praga em toda a área experimental, já que uma parte dos botões caídos e maçãs novas caídos e atacados da área são retirados e eliminados, após a avaliações. Além disso, os botões atacados caídos sobre o solo podem ajudar a obter insetos adultos para biotestes, no laboratório.
Produção: não há necessidade de se avaliar os dados de produção por se tratar de uma praga capaz de provocar grandes danos ao algodoeiro, fatos amplamente referidos na literatura. Bem como, trata-se de um ensaio de curta duração, cujo objetivo é avaliar o efeito dos inseticidas no controle do inseto.
0 comentário
Manejo integrado de pragas ganha destaque em cenário de maior pressão de insetos nas lavouras
Novas variedades de algodão FiberMax® do Sistema Seletio® chegam ao mercado com resistência a ramulária e nematoides
Algodão/Cepea: Baixa liquidez no spot e quedas externas pressionam cotações da pluma
Mercado doméstico de algodão apresenta preços firmes e mais movimentados
Algodão/Cepea: Altas de preços se intensificam neste início de dezembro
Abrapa celebra posse da nova gestão e marcos históricos para a cotonicultura brasileira