Açúcar recua na Bolsa de NY, mas avança em Londres nesta 3ª feira
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (22) com queda na Bolsa de Nova York, mas avanço em Londres. O mercado do adoçante acompanha as informações do financeiro no dia, principalmente petróleo, além das safras da Índia e do Brasil.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,60% no dia, cotado a 19,74 cents/lb, com máxima de 20,07 cents/lb e mínima de 19,68 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato teve alta de 0,26%, a US$ 537,30 a tonelada.
O mercado do açúcar acompanhou fatores dos dois lados da tabela nesta tarde de terça-feira nas bolsas externas. O principal suporte no dia veio do petróleo. As oscilações do óleo impactam diretamente em todos os produtos de energia, incluindo o açúcar.
A Arábia Saudita, principal exportadora, disse que a Opep+ está mantendo os cortes de produção e pode tomar novas medidas para equilibrar o mercado.
Negativamente, o adoçante também acompanha as informações que partem das principais origens produtoras. A safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil tende a ser mais positiva que a atual, assim como a safra 2022/23 da Índia, que acabou de começar no país asiático.
"Há uma incerteza considerável em torno dos preços do etanol, que podem ser empurrados pela intervenção do Estado para níveis abaixo dos custos de produção, o que também favoreceria uma mudança no processamento da cana-de-açúcar para o açúcar", disse o Commerzbank em nota.
A Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA, na sigla em inglês), a produção das unidades produtoras no país na safra 2022/23 foi até agora de 2 milhões de toneladas. O volume é praticamente estável ante o ciclo anterior.
Ainda no financeiro, o mercado também sente pressão da valorização do dólar sobre o real. "O real brasileiro mais forte forneceu algum suporte, reduzindo o incentivo para os produtores venderem ao reduzir os preços denominados em dólares em termos de moeda local", disse a Reuters.
MERCADO INTERNO
O indicador de preço do açúcar ainda opera acima de R$ 130 a saca no spot paulista.
Segundo pesquisadores do Cepea, além da oferta limitada neste período de encerramento da moagem de cana-de-açúcar da safra 2022/23, a desvalorização do Real frente ao dólar norte-americano ao longo das duas últimas semanas também deu suporte aos valores pedidos pelo cristal branco pelas usinas de São Paulo.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve queda de 0,089%, negociado a R$ 131,82 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 144,14 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,63 c/lb e queda de 0,91%.
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