COP-27 - CNA debate segurança alimentar e climática

Publicado em 16/11/2022 10:06
Tema foi tratado no primeiro painel do Dia do Agro no Pavilhão Brasil

A segurança alimentar e climática foi o tema debatido no primeiro painel do Dia do Agro, coordenado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no pavilhão brasileiro COP-27. No encontro, os expositores destacaram a importância do esforço de trabalhar em ações conjuntas para que a agropecuária seja parte da solução dos problemas de mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças do clima no mundo.

O debate reuniu o vice-presidente de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira (moderador), o consultor técnico e jurídico da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Rodrigo Justus, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Cleber Soares, a diretora de Clima, Natureza e Energia na Embaixada do Reino Unido no Brasil, Bruna Cerqueira, a representante da National Farmers Federation da Austrália (NFF), Michele Macdoch, e o representante do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (EUA), Jeremy Adamson.

Para Gedeão Pereira, o mundo vive em um momento em que a União Europeia vive retrocessos em questões energéticas e que os países do Mercosul, que têm aumentado sua produção com tecnologia, podem ser a solução da segurança alimentar, fornecendo alimentos principalmente para países da África, Oriente Médio e Ásia, de forma saudável, sustentável e ambientalmente segura.

“Segurança alimentar e segurança climática são dois temas interligados. Temos condições de garantir alimentos ao mundo, que hoje demanda cada vez mais alimentos que estejam de acordo com a segurança climática e temos de seguir produzindo com investimentos para mostrar que temos uma das agriculturas que mais respeita o meio ambiente”, destacou.

Na avaliação de Rodrigo Justus, é necessário um esforço global de adaptação às mudanças climáticas e de fortalecimento da agropecuária com investimentos em tecnologias para assegurar alimentos saudáveis e sustentáveis, especialmente para os pequenos produtores, cuja maioria hoje não tem acesso a esses instrumentos.

“Quando falamos de segurança alimentar, falamos do ponto de vista de alimentos saudáveis, mas também de quantidade e disponibilidade para a população mundial. É necessário que haja um esforço para assegurar investimentos para o setor agropecuário porque a tecnologia é a solução e não podemos restringir o produtor de uso de fertilizantes, biotecnologia e defensivos agrícolas, nem adotar outras medidas como taxação de carbono nem nada que aumente os custos para o produtor para que não faltem alimentos, deixando a população vulnerável a preços excessivos ou desabastecimento”.

O secretário de Inovação do Mapa, Cleber Soares, lembrou que, graças às tecnologias incorporadas ao setor produtivo, o país deixou de ser um tradicional importador de alimentos para se tornar um dos maiores exportadores mundiais com um sistema sustentável, preservando mais de 60% do território nacional com vegetação original, dos quais mais de 30% nas propriedades rurais.

Com o passar dos anos, técnicas como a agricultura de baixa emissão de carbono, Integração lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), fixação biológica de nitrogênio, entre outras fizeram com que o país tivesse uma agropecuária cada vez mais adaptativa e descarbonizada.

Já a diretora da Embaixada do Reino Unido, Bruna Cerqueira, destacou a liderança do Brasil em projetos de agricultura de baixo carbono, enquanto os representantes da Austrália e dos Estados Unidos falaram sobre projetos de sustentabilidade implantando em seus países para conciliar a produção e a preservação ambiental, além do diálogo e da necessidade de parcerias entre os países na questão da segurança alimentar de forma sustentável.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
CNA

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário