Açúcar: Impacto na colheita do Centro-Sul faze NY superar os 19 cents/lb nesta 4ª

Publicado em 09/11/2022 17:13 e atualizado em 09/11/2022 17:57
Oscilações cambiais no dia também contribuíram para valorização do adoçante nas bolsas externas

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (09) com valorização expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado norte-americano, por exemplo, superou no dia os 19 cents/lb, ficando próximo das máximas de mais de três meses.

A movimentação no dia veio de informações relativas às principais origens produtoras de cana-de-açúcar: Brasil e Índia, além do câmbio.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 2%, cotado a 19,38 cents/lb, com máxima de 19,43 cents/lb e mínima de 18,85 cents/lb. No terminal de  Londres, o primeiro contrato teve valorização de 1,22%, a US$ 523,70 a tonelada.

A safra 2022/23 do Centro-Sul do Brasil caminha para a finalização, mas as chuvas nos últimos dias têm prejudicado os trabalhos. Apesar disso, há expectativas positivas para a produção no ciclo seguinte, 2023/24, que começará apenas em abril do ano que vem.

"A compra dos fundos ajudou a alimentar a recente alta nos preços, enquanto há preocupações de que atrasos na colheita de cana no Centro-Sul do Brasil possam levar a uma produção de açúcar abaixo do esperado", destacou a agência de notícias Reuters.

Além disso, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) reduziu hoje, em seu boletim mensal de oferta e demanda, as perspectivas para o açúcar nos Estados Unidos na temporada 2022/23, com menor produção total e importação.

No financeiro, o mercado também teve suporte do câmbio, com valorização do dólar sobre o real, o que tende a encorajar as exportações, apesar da queda do petróleo.

A Reuters internacional ainda destacou nesta quarta que o mercado também acompanhou no dia a informação de vendas agressivas da Índia no mercado. O país divulgou recentemente qual será sua cota de exportação da safra de açúcar que começou em outubro deste ano.

"As usinas de açúcar indianas estão assinando agressivamente acordos de exportação, com contratos de cerca de 1 milhão de toneladas apenas quatro dias após Nova Délhi aprovar as exportações, já que obtêm preços mais altos por seus produtos nos mercados globais", disse.

Já como fator de suporte, a França reduziu sua previsão de produção de 2022 para a safra de beterraba afetada pela seca do país para 31,94 milhões de toneladas. No mês passado, a previsão é de 32,69 milhões de toneladas. O volume representa uma queda de 7,1% ante 2021.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar têm ficado próximos do patamar de R$ 130 a saca. O avanço de preços nos últimos dias acompanha a demanda que está aquecida e as últimas quinzenas no Brasil que têm registrado impacto na moagem por conta das chuvas.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve queda de 0,26%, a R$ 128,79 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 138,55 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,19 c/lb e queda de 0,15%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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