Diferenças e semelhanças entre árabes e brasileiros quando o assunto é café

Publicado em 09/11/2022 11:59
Semana Internacional do Café 2022 terá demonstração do preparo à moda das aldeias árabes em programação que destaca aspectos culturais, comportamentais e de consumo da bebida

Muita gente não sabe, mas na Etiópia o café é consumido com sal e manteiga. Na Malásia, é comum encontrar o “café branco”, servido com leite condensado. A verdade é que, mesmo espalhada pelo mundo, a bebida tem uma identidade cultural de preparo em cada local. No segundo dia da Semana Internacional do Café, 17, os visitantes poderão conhecer um pouco sobre os rituais nas aldeias árabes, por exemplo, e entender as diferenças e semelhanças com os brasileiros.

“O Café, alimento saudável, é para a Civilização Árabe, o sinônimo da generosidade e hospitalidade, reconhecido como o aroma do conhecimento, o sabor da felicidade e da sabedoria. O próprio pai da medicina moderna IBEN SINA, já usava o café como medicamento então imagina a importância desse produto”, conta o professor Ali El-Khatib.

A programação da SIC  2022 vai contar um pouco sobre esse encontro de culturas na palestra “Café à moda das aldeias árabes – história e degustação”, apresentada por Ali El-Khatib, professor universitário das áreas de relações internacionais e gestão cultural. Na ocasião de um de seus cursos, ele disse: “aprendi com meus pais a moer para fazer o café à moda das aldeias árabes. O café está em nosso DNA”. A experiência com o especialista acontecerá na Cafeteria Modelo, das 11h30 às 12h30,.

Diferenças e semelhanças

De acordo com levantamento encomendado em 2020 pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, árabes e descendentes formam 6% da população brasileira. Em termos de distribuição geográfica, 39% estão no Sudeste; 32% vivem no Nordeste; 17% no Sul; 6% no Norte e 5% na região Centro-Oeste. Os entrevistados indicaram 12 nacionalidades, entre os 22 países árabes, sendo: libaneses, sírios, marroquinos, sauditas, egípcios, palestinos, argelinos, jordanianos, líbios, somalis, barenitas e cataris.

Independentemente da origem, existe uma semelhança fundamental com a paixão dos brasileiros por café: a bebida como símbolo de hospitalidade. O café como elemento de conexão, como forma de compartilhar e fazer o outro se sentir bem-vindo. Já em relação às diferenças, talvez a mais emblemática seja mesmo o ritual de preparo. Enquanto aqui temos uma rotina um pouco mais simples, geralmente com o grão já torrado ou com o pó, nos países árabes, mesmo com algumas distinções regionais, o processo tem mais algumas etapas.

O café é feito em pequenos fogões à carvão ou fogueiras. Os grãos verdes são torrados em um tipo de frigideira e depois ficam um tempo esfriando. Depois disso, são triturados em uma espécie de pilão, onde é acrescentado o cardamomo, semente que tem sabor e aroma semelhantes ao gengibre. Só então acontece a fervura. Para conferir e experimentar o processo na prática, bem como o contexto cultural e o fundo histórico do café nas aldeias árabes, basta realizar o credenciamento gratuito para a SIC 2022.

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Fonte:
SIC

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