O povo está nas ruas: Multidões de brasileiros seguem se manifestando sobre legitimidade do processo eleitoral
O povo está nas ruas. Multidões de brasileiros continuam reunidas em diversas capitais e cidades do agro por todo o país em manifestações que unem o setor produtivo, caminhoneiros, comerciantes - a sociedade civil de uma forma geral - questionando o processo eleitoral e a fidúcia do resultado das eleições presidenciais no último 30 de outubro. A maior parte dos protestos, que acontecem de forma pacífica e ordeira, luta, principalmente, pela inegibilidade de Luís Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República.
As manifestações completaram uma semana, alcançaram mais de mil pontos de protesto e passam agora pela convocação de uma greve geral, com empresas já tendo aderido ao movimento. Alguns comércios e instituições publicaram em suas redes sociais a paralisação das atividades nesta segunda-feira (7). Veja algumas:
O cientista político Paulo Moura, do Canal Dextra, explicou mais uma vez o porquê dos enormes grupos de pessoas nas ruas Brasil a fora, protestando, pedindo e cobrando, em sua participação nesta segunda-feira no programa Tempo & Dinheiro, de João Batista Olivi.
"Para o nosso movimento dar certo tem que acontecer dentro da legalidade. E a saída que está sendo buscada é uma saída dentro da legalidade. É importante que os movimentos continuem, não podemos sair das ruas, mas é imporante que nossas ações aconteçam dentro da legallidade", diz. "É uma manifestação democrática e legítima, pacífica".
Moura afirmou ainda que essa continuidade dos movimentos precisa de manutenção, ordem, perspectiva, ampliação ainda cobrando das autoridades respostas que precisam chegar ao povo brasileiro.
"Segundo informações que eu recebi, as autoridades estão refletindo sobre uma saída dentro da legalidade e da democracia para esta situação", reforçando a importância das manifestações continuando e ainda citou o cuidado com os termos utilizados em análises e entrevistas que está sendo redobrado diante da retirada do ar de perfis e canais nas redes sociais.
Ainda sobre os atos, o deputado federal José Medeiros (PL-MT) afirmou, em entrevista à Jovem Pan, que já temia por um momento como este diante da "falta de legitimidade" de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Quando você começa um processo que não é transparente, você acaba chegando a esse tipo de coisa. Eu tinha essa preocupação desde o início. Tanto é que pedi o afastamento do ministro Alexandre de Moraes desse processo, porque eu temia que algo dessa magnitude acontecesse. Eu sempre disse, ele era funcionário de um dos candidatos. Ele foi para o Ministério da Justiça de Temer por causa de um desses candidatos e foi para o STF por causa de um desses candidatos. E esse candidato estava na eleição. Não fazia sentido. E aí ele [Moraes] vai para o pleito eleitoral tomando medidas só para um lado. Então, quando sai o resultado da eleição, obviamente que uma parte sai com gosto de caixão velho na boca. Aí está o nexo causal de tudo isso. Para acabar de ter a cereja no bolo, ele passa impressão de que o processo está maculado, porque quem abre a boca e diz alguma coisa sobre o processo, ele censura. Quando se cala a boca das pessoas, fica complicado. Quem bagunçou isso tudo tem nome, foi o ministro Alexandre de Moraes, e mais um ou dois coleguinhas dele".
Abaixo, veja as manifestações em diversos pontos do Brasil:
Segunda-feira, 07 de Novembro
Brasília/DF
Guaíra/PR
Cascavel/PR
Umuarama/PR
Salvador/BA
Cuiabá/MT
Paragominas/PA
Domingo, 6 de Novembro
Campinas/SP
As manifestações em Campinas, interior de São Paulo, aconteceram em frente à Escola Preparatória de Cadetes do Exército.
Fotos: Gisele Rocha Solinski e Simone Fernanda Mendonça
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