BC britânico tenta conter inflação sem causar muita dor, diz economista-chefe
LONDRES (Reuters) - O Banco da Inglaterra está tentando reduzir a inflação sem causar muito dano à economia britânica, disse o economista-chefe da instituição, Huw Pill, nesta sexta-feira, um dia depois que o banco central britânico elevou com força os custos dos empréstimos e alertou para uma longa recessão.
"O que estamos procurando fazer, estamos sempre procurando fazer, é encontrar o equilíbrio que nos leve de volta à nossa meta de inflação de 2% sem gerar problemas desnecessários e custosos no lado real da economia", disse Pill à emissora CNBC.
"Criar esse equilíbrio, sinalizar esse equilíbrio, foi realmente nossa mensagem principal ontem."
Na quinta-feira, o Banco da Inglaterra elevou sua taxa de referência em 75 pontos-base, para 3,0%, procurando combater os riscos de uma taxa de inflação acima de 10%.
O banco central também alertou os investidores que o risco da recessão mais longa do Reino Unido em pelo menos um século significa que os custos dos empréstimos devem aumentar menos do que o esperado.
Pill repetiu a mensagem do banco central britânico de que os juros devem subir, mas as apostas dos investidores sobre o quanto a taxa bancária deve aumentar durante o período recente de turbulência política e de mercado no Reino Unido foram "um pouco longe demais em uma direção".
Depois de ser forçado a uma ação de emergência para apoiar o mercado de gilts, Pill disse que o Banco da Inglaterra agora está tentando voltar a orientar a economia para sair da crise de custo de vida causada pela inflação alta que está em mais de 10%.
A tarefa de manter a inflação sob controle deve ser dolorosa, disse Pill.
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