Em meio a esforços para reviver status de centro financeiro, Hong Kong vende “vantagem da China” a bancos globais
Por Selena Li e Kane Wu e Xie Yu
HONG KONG (Reuters) - Autoridades chinesas e de Hong Kong promoveram nesta quarta-feira a conexão da cidade com a segunda maior economia do mundo, à medida que buscam restaurar sua reputação como centro financeiro global após anos de medidas duras contra a Covid-19 que castigaram sua posição.
O status de Hong Kong como um importante centro financeiro foi afetado por rígidas restrições contra o vírus, protestos contra o governo em 2019 e a imposição da China de uma lei de segurança nacional abrangente na cidade um ano depois.
A conferência internacional de negócios nesta quarta-feira foi o maior evento corporativo em Hong Kong desde que a cidade fechou suas fronteiras para combater a pandemia em 2020. Essas medidas atingiram gravemente a economia e têm resultado em uma fuga de talentos.
"Hong Kong continua sendo o único lugar no mundo onde a vantagem global e a vantagem da China se unem em uma única cidade", disse o chefe do executivo de Hong Kong, John Lee, a cerca de 250 participantes na Cúpula de Investimentos de Líderes Financeiros Globais, organizada pelo banco central de-facto da cidade, a Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA).
"Essa convergência única torna Hong Kong a conexão insubstituível entre o continente e o resto do mundo."
Alguns dos maiores chefes de bancos do mundo, incluindo David Solomon, do Goldman Sachs e James Gorman, do Morgan Stanley, estão em Hong Kong pela primeira vez em quase três anos para a cúpula.
Para as companhias financeiras estrangeiras que operam na China e em Hong Kong, a cúpula ocorre enquanto elas enfrentam as crescentes tensões entre os Estados Unidos e a China, que também têm colocado a ex-colônia britânica na mira.
(Reportagem de Selena Li, Kane Wu, Xie Yu, Summer Zhen em Hong Kong e Samuel Shen em Xangai)
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