Reuters: Lula diz que chegou hora de taxar grandes fortunas, mas não vê maioria no Congresso para isso

Publicado em 26/10/2022 12:16

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Por Eduardo Simões

(Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira que chegou a hora de taxar as grandes fortunas e os bancos, mas reconheceu que não há maioria no Congresso Nacional para avançar nessas propostas, pois, na visão dele, o Parlamento é composto por uma maioria de pessoas ricas que não querem ter seus recursos taxados.

Em entrevista à rádio Mix, de Manaus, Lula voltou a defender uma política tributária mais progressiva, na qual os que ganham mais pagam mais e os que ganham menos pagam menos, e foi perguntado se está na hora de cobrar impostos sobre grandes fortunas e dos bancos.

"Eu acho que chegou a hora, sempre é a hora", respondeu o petista, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o segundo turno da eleição presidencial no próximo domingo.

"O problema é que você tem uma maioria no Congresso Nacional que não quer. Até porque a maioria dos que estão no Congresso Nacional são pessoas que têm, de certa forma, posses, não são os pobres que estão dentro do Congresso Nacional... A maioria é de pessoas de classe média e classe média-alta, e alguns muito alta e muito ricos, e essa gente não quer taxar seu próprio recurso", disse.

Lula também voltou a defender a taxação sobre lucros e dividendos, atualmente isenta de imposto, e repetiu a promessa de isentar de Imposto de Renda das pessoas que ganham até 5 mil reais mensais.

"Nós precisamos fazer as pessoas entenderem que pagar Imposto de Renda corretamente é fazer justiça neste país. Quem ganha mais, tem que ter a responsabilidade de pagar mais. E quem ganha menos tem que ter o direito de pagar menos. É assim, fácil. E precisamos convencer a sociedade", disse.

Na entrevista à emissora manauara, Lula também se comprometeu com a manutenção da Zona Franca de Manaus e disse que os Estados que mais preservarem a floresta amazônica precisam receber uma compensação.

Ele também defendeu a demarcação de terras indígenas e disse que elas não atrapalham a produção no Brasil.

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Fonte:
Reuters

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1 comentário

  • Carlos Massayuki Sekine Ubiratã - PR

    Imaginemos um Brasil distópico onde Dilma Roussef tivesse cumprido os 4 anos de seu segundo mandato no poder, emendando mais 2 anos de recessão (-3,5% ao ano). Depois de Dilma somar 14% de redução no PIB em quatro anos e levar o índice de desemprego perto dos 20%, Haddad é eleito com toda a dinheirama desviada pelo partido. Lula, que nem havia sido condenado, comemora com os seus companheiros Maduro e Cristina Kirchner a formação da URSAL (união das republicas socialistas da América latina). No segundo ano do novo mandato do PT vem a pandemia. Haddad, ou melhor, Lula, que é quem manda de fato, ordena fechar tudo. Lockdown geral. Haddad e Alberto Fernandes são aclamados pela população inocente como os protetores do povo. A economia a gente vê depois. A economia que já estava quebrada, em pouco tempo desmorona e os 38 milhões de invisíveis que não estão no cadastro do bolsa família somam-se aos desempregados e ficam ao Deus dará. Não há meios e nem dinheiro pra socorrê-los. Começa a faltar itens básicos de consumo pois as fábricas são impedidas de produzir e os caminhões são impedidos de rodar. As empresas começam a falir e demitir em massa. Começam os saques a supermercados do que resta de mercadorias. O Brasil vira uma Argentina piorada, já que lá as condições econômicas antes da pandemia eram melhores que as do Brasil. Não há pra onde fugir. Os vizinhos do Norte e do sul não são opções pois estão tão ferrados quanto o Brasil. O país entra em convulsão social. Enquanto isso, lula está em cuba tomando um mojito com a cumpanherada e culpando o imperialismo americano pela crise no Brasil. Salve-se quem puder.

    É esse o Brasil que queremos?

    Esse é só um pequeno ensaio para nos lembrarmos da importância que tiveram, e ainda têm, nomes como Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e Jair Bolsonaro no resgate desse país, evitando o desastre a que estávamos destinados. Desastre que ameaça voltar.

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