Açúcar em NY sobe quase 3% na sessão desta 3ª feira e se aproxima dos 18 cents/lb
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (04) com alta de quase 3% na Bolsa de Nova York e avanço também expressivo em Londres. O dia foi marcado por suporte do petróleo em meio expectativa com a reunião da Opep+, que acontecerá amanhã (05).
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve alta de 2,81%, cotado a 17,91 cents/lb, com máxima de 17,99 cents/lb e mínima de 17,41 cents/lb. No terminal de Londres, o primeiro contrato subiu 1,70% no dia, a US$ 533,10 a tonelada.
Depois de queda na sessão anterior, o mercado do açúcar teve algum suporte de ajuste de posições.
As oscilações do mercado financeiro, porém, tiveram maior papel de suporte no dia. O petróleo subia cerca de 3,50% nas bolsas externas nesta tarde de terça-feira antes da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+).
A entidade deve discutir cortes de produção na reunião marcada para esta quarta-feira (05). "Esperamos que um corte substancial seja feito, o que não apenas ajudará a apertar os fundamentos físicos, mas enviará um sinal importante ao mercado", disse a Fitch Solutions.
O mercado do petróleo impacta diretamente nos combustíveis e o Brasil produz açúcar e o biocombustível etanol.
Em parte do dia, o câmbio também contribuiu para os preços do adoçante em parte do dia, já que influencia nas exportações. Ainda assim, o dólar comercial caminhava para fechar o dia com leve alta sobre o real.
Do lado negativo, o mercado do açúcar espera recuperação na safra de açúcar do Centro-Sul do Brasil, após chuvas nos canaviais. De acordo com o Sistema TEMPOCAMPO, a principal região produtora do Brasil teve o melhor setembro em cerca de 10 anos.
A corretora Marex Spectron também destacou em relatório que para 2023 é esperada uma produção estável na Índia e aumento da produção na Tailândia e em outras origens, acima de tudo no Centro-Sul do Brasil, maior produtor e exportador.
A trading inglesa Czarnikow estimou neste início de semana um superávit global de açúcar de 3,6 milhões de toneladas na temporada 2022/23 acompanhando uma redução no consumo chinês devido aos impactos da pandemia da Covid-19.
"Esperamos um pequeno excedente de 3,6 milhões de toneladas em 2022/23. O crescimento do consumo desde 2021/22 significa que esse (excedente) é cerca de metade do tamanho (que foi) observado em 2021/22, apesar da produção semelhante", disse em nota.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar têm oscilado pouco no mercado brasileiro. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP), o ritmo das negociações envolvendo o açúcar cristal no mercado spot do estado de São Paulo seguiu baixo no encerramento de setembro.
"As chuvas recentes diminuíram a oferta do cristal à pronta-entrega, já que a produção nas usinas foi interrompida pela dificuldade do carregamento da cana-de-açúcar nas lavouras", disse em nota o Cepea.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, com alta de 0,26%, negociado a R$ 124,73 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 145,90 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 18,51 c/lb e baixa de 5,33%.
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