Superávit global em 22/23 faz açúcar cair quase 1,5% em NY nesta 2ª feira
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (03) com queda expressiva na Bolsa de Nova York e moderada em Londres. O mercado do adoçante sentiu pressão da estimativa de superávit global na safra 2022/23 divulgada no dia.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 1,47%, cotado a 17,42 cents/lb, com máxima de 17,83 cents/lb e mínima de 17,36 cents/lb. No terminal de Londres, o primeiro contrato perdeu 0,85% no dia, a US$ 524,20 a tonelada.
A trading inglesa Czarnikow divulgou nesta segunda-feira que estima um superávit global de açúcar de 3,6 milhões de toneladas na temporada 2022/23 acompanhando uma redução no consumo chinês devido aos impactos da pandemia da Covid-19.
"Esperamos um pequeno excedente de 3,6 milhões de toneladas em 2022/23. O crescimento do consumo desde 2021/22 significa que esse (excedente) é cerca de metade do tamanho (que foi) observado em 2021/22, apesar da produção semelhante", disse em nota.
Além disso, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe na semana passada que a produção do adoçante totalizou 2,86 milhões de toneladas na primeira quinzena de setembro, uma alta anual de 12,16%. Também um fator de baixa aos preços.
No acumulado desde o início da safra 2022/2023, a fabricação do adoçante totaliza 24,63 milhões de toneladas, frente às 26,89 milhões de toneladas do ciclo anterior (-8,38%).
De acordo com analistas de mercado, as usinas no Brasil têm usado neste momento utilizar o máximo de cana-de-açúcar possível para produzir açúcar ao invés do etanol, já que o adoçante está atualmente mais lucrativo do que o biocombustível.
No financeiro, por outro lado, o petróleo tinha altas de quase 5% nas bolsas externas com a Opep+ considerando reduzir a produção em mais de 1 milhão de barris por dia (bpd) para sustentar os preços, o maior corte desde o início da pandemia de Covid-19.
O dólar tinha queda de mais de 4% ante o real, o que tende a desencorajar as exportações.
MERCADO INTERNO
O mercado físico do açúcar segue ao redor de R$ 125 a saca com pressão do avanço da safra, apesar de ganhos registrados com as recentes chuvas, com impacto nos trabalhos de moagem.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, com alta de 0,08%, negociado a R$ 124,41 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 145,90 a saca e queda de 0,49%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,56 c/lb e baixa de 0,11%.
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