Café vai na contramão das outras commodities e tem novo suporte em estoques em queda na ICE
O mercado do café teve um dia com muita variação para os preços nesta segunda-feira (26) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O dia começou com poucas variações, mas as cotações chegaram a subir mais de 800 pontos durante o pregão e encerram o dia com valorização de 1,52% nas principais referências.
Dezembro/22 teve alta de 335 pontos, negociado por 223,80 cents/lbp, março/23 teve alta de 240 pontos, cotado por 216,50 cents/lbp, maio/23 tinha alta de 205 pontos, cotado por 212,30 cents/lbp e julho/23 teve alta de 175 pontos, valendo 208,75 cents/lbp.
Na contramão das demais commodities e mesmo em dia de avanço expressivo no dólar ante ao real, os fundamentos sólidos deram suporte para os preços de café neste início de semana.
"A oferta apertada de arábica está otimista para os preços depois que os estoques de café arábica monitorados pela ICE caíram para uma baixa de 23 anos de 460.387 sacas na segunda-feira", destacou a análise do site internacional Barchart. Há alguns meses o setor observa baixa contínua nos estoques da ICE.
Segundo Cláudio Castello Branco Ribeiro Filho, analista de mercado da Expocaccer, com um tufão que pode atingir as áreas cafeeira no Vietnã, além de também destacar os estoques de certificados que continuam registrando baixas na ICE.
"O mercado está muito incerto, muito especulativo", comentou ao Notícias Agrícolas. Com as altas desta manhã, o café recuperou as baixas registradas na última sexta-feira (26), diante das preocupações com uma recesão global.
No campo, o produtor segue acompanhando as previsões de chuva para os próximos dias nas principais áreas de produção do país. Os modelos são otimistas e indicam bons volumes de chuva para esta semana, fator que pode voltar a pressionar a formação dos preços em Nova York.
Em Londres, apesar da preocupação com as condições climáticas, o café conilon abriu a semana com desvalorização.
Novembro/22 teve queda de US$ 28 por tonelada, negociado por US$ 2204, janeiro/23 teve baixa de US$ 23 por tonelada, negociado por US$ 2196, março/23 teve queda de US$ 22 por tonelada, valendo US$ 2169 e maio/23 teve queda de US$ 22 por tonelada, cotado por US$ 2154.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou o dia com valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 2,76% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.305,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,55%, negociado por R$ 1.310,00, Machado/MG teve alta de 2,92%, cotado por R$ 1.410,00, Varginha/MG teve alta de 1,54%, valendo R$ 1.320,00 e Franca/SP teve alta de 3,82%, cotado por R$ 1.360,00.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 2,60% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.379,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,44%, valendo R$ 1.410,00, Varginha/MG teve alta de 2,22%, cotado por R$ 1.380,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 2,35%, valendo R$ 1.395,00.
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