Plantio do milho verão chega próximo da metade no Rio Grande do Sul
Até esta quinta-feira (22), os produtores do Rio Grande do Sul já haviam semeado 47% dos 831.786 hectares estimados para a safra de milho verão 2022/23. Este patamar é superior aos 44% registrados no mesmo período da temporada passada e igual aos 47% da média das últimas cinco safras.
“O tempo mais seco e com longos períodos de insolação reduziu o teor de umidade nos solos, e a evolução da semeadura foi mais lenta a Oeste do Estado. Mesmo assim 47% da área estimada inicialmente já foi implantada”, relata a Emater/RS em seu mais recente Informativo Conjuntural.
Todas as áreas já semeadas ainda se encontram nas fases de germinação ou descanso vegetativo, com estande considerado adequado até o momento. “Entretanto, ainda se percebe que o desenvolvimento inicial das plantas é mais lento em função das baixas temperaturas ocorridas no período. Nas lavouras com precipitações insuficientes, o manejo de plantas daninhas e a adubação em cobertura foram adiados devido à baixa umidade nos solos, aguardando novas chuvas para serem efetuados”, alerta.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas na última quarta-feira (21), o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, já destacava este bom momento inicial das lavouras de milho no estado. “A região mais quente do Rio Grande do Sul, as missões e a região Sul plantaram já o milho que está em desenvolvimento para ser colhido em janeiro. É uma boa expectativa, mesmo com o custo de produção muito alto.
Os dados da Emater/RS apontam para o quarto ano consecutivo com incremento de área cultivada com milho no estado, crescendo 6% com relação ao ciclo anterior. Para a produção, a projeção é colher 6,1 milhões de toneladas, número 104% maior do que a temporada 21/22.
“É muito importante esse cenário que temos no milho, que é a base para a transformação de outros produtos. O estado precisa do milho como base de sustentação porque temos uma agro industria muito forte no setor de transformação de carne, leite e ovos e o milho é o insumo que mais temos necessidade”, afirma o diretor técnico da Emater/RS, Alecar Rugeri.
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