Ibovespa busca tração antes de decisão do Fed

Publicado em 19/09/2022 11:51 e atualizado em 19/09/2022 13:25

Logotipo Reuters

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa ensaiava uma alta nesta segunda-feira, após fragilidade no início da sessão, diante de melhora das bolsas em Nova York, mas a cautela seguia imperando nos mercados antes de decisão de juros do Federal Reserve nesta semana.

Às 11:40, o Ibovespa subia 0,51 %, a 109.837,41 pontos. No pior momento, mais cedo, chegou a 108.507,76 pontos. O volume financeiro somava 6,4 bilhões de reais.

Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,15%, enquanto o europeu STOXX 600 recuava 0,21%. O rendimento do Treasury de dez anos chegou a saltar mais cedo para seu nível mais alto desde 2011.

O banco central dos Estados Unidos anuncia sua decisão na quarta-feira, e a expectativa majoritária é de alta de 0,75 ponto percentual. Mas há apostas também de elevação de 1 ponto, bem como agentes aguardam sinais sobre os próximos passos.

Além do Fed, as autoridades monetárias de Inglaterra, Japão e China, entre outros, também se reúnem para ajustar suas políticas, assim como o Banco Central do Brasil, que a maioria no mercado vê mantendo a Selic em 13,75% ao ano.

Análise técnica da equipe do Itaú BBA diz que o cenário está pressionado, mas ainda com a maior parte dos índices da B3 acima de suportes importantes, o que alimenta uma expectativa de resiliência para o Ibovespa.

"No entanto, vale lembrar que os mercados internacionais estão afastados das resistências importantes", observaram, citando ainda que se o Ibovespa perder a região de suporte entre 109.800 e 107.800 pontos há riscos de quedas mais acentuadas.

DESTAQUES

- COGNA ON valorizava-se 5,86%, a 2,71 reais, em dia positivo para ações de empresas de educação, após tombo na semana passada, tendo no radar decisão do MEC envolvendo cursos online. YDUQS ON avançava 8,81%, a 11,73 reais.

- MRV ON recuava 3,03%, a 12,17 reais, após engatar na última sexta-feira a quarta semana seguida de valorização, período em que acumulou um ganho de cerca de 28%. O índice do setor imobiliário cedia 0,13%.

- PETROBRAS PN subia 0,91%, a 31,06 reais, revertendo queda de mais cedo, após melhora do petróleo no exterior. Ainda assim, o contrato de referência Brent caía 1,01%, a 90,43 dólares o barril.

- VALE ON avançava 0,81%, a 68,8 reais, apesar de queda nos contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura nesta segunda-feira, pressionados pelas preocupações com a demanda na China.

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha acréscimo de 1,65%, a 27,12 reais, e BRADESCO PN subia 0,84%, a 19,2 reais.

- MINERVA ON mostrava queda de 0,92%, a 14,05 reais, em sessão negativa para empresas de proteínas no Ibovespa, com MARFRIG ON caindo 2,11%, BRF ON cedendo 0,94% e JBS ON recuando 0,76%.

- HYPERA ON avançava 2,9%, a 43,31 reais, tendo de pano de fundo ruídos sobre venda. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a farmacêutica contratou o Citibank, em Nova York, para assessorar a companhia em um eventual processo de venda.

- TIM ON recuava 1,31%, a 12,02 reais, após pedir em conjunto com as operadoras de telecomunicações Claro e Telefônica Brasil uma redução de 3,2 bilhões de reais no preço total da compra da Oi Móvel. TELEFÔNICA BRASIL ON subia 0,89% e OI ON desabava 9,43%.

- IMC ON disparava 11,79%, a 2,18 reais, após assinar acordo para vender sua operação de restaurantes no Aeroporto Internacional de Tocumén, no Panamá, para a Inflight Holdings Cayman por 40 milhões de dólares, marcando sua saída do país.

(Edição de André Romani)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário