Itaú BBA: Com patamar elevado do custo de produção não deve deixar espaço para recuo no preço do frango
De acordo com as informações do relatório do Itaú BBA, o patamar elevado dos custos não deixa espaço para recuo de preço da ave, o que pode pressionar as margens um pouco mais adiante, a partir de dezembro e janeiro, quando os preços das carnes normalmente moderam. Contudo, isso não deve ocorrer nos próximos meses já que o impacto geralmente é sentido após a virada de ano.
A disponibilidade de milho neste momento é bem melhor que há um ano e isso pode restringir novas altas significativas pelo menos nos próximos meses. “Claro que se o clima para o desenvolvimento das safras do Hemisfério Sul se mostrar favorável já que o balanço global não dispõe de folga, este cenário deve fortalecer o escoamento externo do cereal brasileiro”, informou o Itaú BBA em seu relatório mensal.
Os preços do frango vivo e os custos de produção bastante alinhados em agosto, próximos de R$ 5,60/kg, mantendo o spread das granjas apertado, bem diferente do período ago-nov/21, quando os preços avançaram razoavelmente antes de um novo salto dos custos a partir do final do ano, quando as perdas da primeira safra de grãos no Sul ficaram evidentes.
O banco também reforça que o período vindouro será de alojamento das aves para o final do ano, sendo importante a calibragem do ritmo de produção, valendo lembrar que o peso médio das aves mais elevado visto no primeiro semestre do ano, sustentou um pequeno crescimento da produção, mesmo com o setor abatendo menos aves.
Atacado
No atacado paulista, os preços das aves ficaram de lado durante o mês de agosto em torno de R$ 8,00/kg, na qual teve uma redução de 3,6% no dianteiro bovino. “A ave acabou reduzindo sua vantagem relativa em termos de preços. A relação entre as duas proteínas caiu para 2,3 kg de frango/kg de dianteiro, semelhante há um ano atrás, mas bem menor que no início do ano quando esteve acima de 3”, pontuou.
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