Com chuva no radar, reta final da colheita e exportação, café recua mais de 400 pontos em NY
Após abrir o dia com leves altas, o mercado futuro do café arábica voltou a operar com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US), chegando a recuar 2% durante a manhã desta quarta-feira (14).
Por volta das 10h54 (horário de Brasília), dezembro/22 tinha queda de 450 pontos, negociado por 216,20 cents/lbp, março/23 tinha baixa de 425 pontos, cotado por 211,20 cents/lbp, maio/23 tinha queda de 420 pontos, negociado por 207,80 cents/lbp e julho/23 tinha desvalorização de 395 pontos, cotado por 205,25 cents/lbp.
Segundo avaliação de Haroldo Bonfá, analista de mercado da Pharos Consultoria, alguns fatores estão impactando as cotações nesta terça-feira. Entre eles, a reta final da safra brasileira, assim como as chuvas previstas para semana que vem e que, se confirmadas, poderiam aliviar a estiagem nas principais áreas do parque cafeeiro.
Para Haroldo, outro fator que impacta os preços são os números divulgados pelo Cecafé no início desta semana. "2,7 milhões de sacas, mesmo sendo menos que o ideal, mostra que temos café para exportar, mesmo com um volume menor do que o inicial previsto", afirma.
Já com relação à safra 22, Haroldo acredita em uma quebra de 10% na produtividade, em cima da previsão inicial da safra. Os produtores, segundo o analistas, continuam participando do mercado a medida que precisa fazer caixa, além de movimentações de renegociação de contratos estarem sendo realizadas neste momento, principalmente pelos produtores que fecharam negócios na casa dos R$ 800,00.
"Ninguém tem interesse nem ruptura de negociação, mas sim em continuar trabalhando, colhendo, vendendo e recebendo. E neste sentido há uma postergação de embarque e renegociação dos termos do contrato", complementa.
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