Petróleo dá suporte para ganhos expressivos do açúcar em NY e Londres nesta 6ª feira
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (09) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi marcado por suporte do financeiro, com alta expressiva do petróleo e desvalorização do dólar sobre o real.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve alta de 1,62%, cotado a 18,22 cents/lb, com máxima de 18,26 cents/lb e mínima de 17,93 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato subiu 0,99% no dia, a US$ 539,00 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento no terminal norte-americano subiu 1,33%.
O suporte do petróleo nesta sexta-feira veio com as informações de que a Rússia estaria ameaçando interromper exportações do óleo. Além disso, houve suporte nas bolsas internacionais relacionado com ajuste de posições ante a desvalorização na véspera.
As oscilações no mercado do petróleo impactam diretamente nos combustíveis. No Centro-Sul do Brasil, por exemplo, as usinas têm a opção de produção do adoçante ou do biocombustível, que é impactado pelas oscilações dos derivados fósseis.
Como pressão, de acordo com agências, as chuvas em áreas produtoras do Centro-Sul do Brasil registradas ao longo dos últimos dias podem beneficiar as lavouras de final de ciclo, além da nova temporada. Além disso, há melhores expectativas com o abastecimento.
"O mercado está em um sentimento mais baixista no médio prazo justamente porque esses preços bem altos que a gente viu do ano passado pra cá incentivam a produção. O passo seguinte, são estoques menos apertados", explica Marcelo Di Bonifacio Filho, analista da StoneX.
No exterior, de acordo com a agência de notícias Reuters, os agricultores ucranianos semearam 180 mil hectares de beterraba sacarina neste ano, apesar da invasão russa, e devem produzir 1,1 milhão de toneladas de açúcar branco, elevando a oferta global.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no Brasil recuam e estão em cerda de R$ 120 a saca. De acordo com pesquisadores do (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP), a queda está atrelada ao recuo da demanda, visto que compradores afirmam ter estoques.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, com queda de 0,01%, negociado a R$ 124,94 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,67 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,05 c/lb e queda de 0,65%.
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