Milho e Soja: Crop Tour EUA-Canadá conclui faixa leste do Corn Belt e ruma a oeste, onde safra sofreu mais
O time do Crop Tour EUA-Canadá 2022/23, liderado pelo Grupo Labhoro, em parceria com o Notícias Agrícolas, está nos Estados Unidos e já concluiu as visitas no lado leste do Corn Belt. Por lá, puderam confirmar que as lavouras de milho sentiram mais as pontuais adversidades climáticas do que a soja, que, inclusive está se recuperando onde é necessário.
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A região recebeu chuvas melhores e mais regulares, também no início do ciclo, o que permitiu que o potencial produtivo de ambas as culturas pudesse ser preservado ou, até mesmo, superado em alguns locais.
"As lavouras estão boas. A soja está boa, o milho não é tão ruim quando tem sido qualificado. O lado leste recebeu mais chuvas, melhores índices e as lavouras estão muito boas. O milho não é aquilo que o Pro Farmer, e é, seguramente, melhor do que o 168,1 (bushels por acre de produtividade) que o Pro Farmer colocou na média. ", explica Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro. "Daqui para frente, ou seja, do Missouri pra frente é que saberemos como está exatamente o restante do oeste. Então, diria que do lado leste as lavouras estão boas e não sofreram tanto quanto se presumem que sofreram as lavouras do lado oeste", completa.
Na sequência, veja imagens de campos em Indiana, Ohio e Illinois.
INDIANA
As lavouras se mostram em boa forma - já que o estado recebeu chuvas melhores do que em regiões a oeste do cinturão -, mas ainda precisa de alguns volumes de precipitação para se estabelecer.
OHIO
Lavouras no caminho de Dayton/OH, passando por Indianapolis e em direção a Saint Louis/MO, mostram boas condições, com solo mais úmido e depois de terem recebido volumes mais adequados de chuvas durante a safra.
ILLINOIS
As primeiras lavouras visitadas no estado de Illinois, o maior estado produtor de soja dos EUA, foram as de Marshall. Os pés têm boa quantidade de vagens, o milho tem boa formação de espigas e o solo conta com bons níveis de umidade para a conclusão da safra. Mais uma confirmação das boas perspectivas para o lado leste do cinturão.
RUMO AO OESTE
Agora, os participantes do crop tour rumam a oeste do Corn Belt, onde as lavouras sentiram um pouco mais o impacto do clima. Por lá, as precipitações foram mais limitadas, mal distribuídas, tendo seu rendimento afetado, e quem mais sentiu foi o milho.
"Agora vamos começar uma nova etapa em termos de solo, umidade, lavouras, qualidade. Daqui para frente é que os campos sofreram. Até agora vimos coisas muito boas, na parte leste", explica Sousa. "A soja tende a ter uma boa produtividade. Ontem choveu muito bem em Ohio, Indiana, Illinois, Wisconsin, Iowa, e daqui pra frente veremos como vai estar", completa.
O diretor da Labhoro destaca, inclusive, o menor volume de água que pode ser observado no rio Mississipi. "Não digo que haja dificuldades de navegação, mas está muito baixo. Sinal de que, realmente, nestas áreas faltou chuva. Os índices pluviométricos não foram bons".
Veja, no vídeo abaixo, o relato completo de Ginaldo Sousa.
MISSOURI
Algumas lavouras visitadas em Eolia, no Missouri, já puderam ilustrar estas condições. Os campos são mais recentes, de lavouras mais novas e embora haja bons índices de umidade no solo, serão necessárias mais chuvas para concretizar melhor a safra na região. Há pontos onde o solo ainda está seco e será preciso que as precipitações se confirmem para garantir que tanto soja, quanto milho concluam bem suas temporadas.
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