Açúcar fecha semana com alta acumulada de mais de 3,5% na Bolsa de Nova York
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (12) com alta moderada nas bolsas de Nova York e Londres. Com o novo ganho, o terminal norte-americano registrou ganho semanal de mais de 3,50% acompanhando o financeiro.
O clima nas origens produtoras também está sendo acompanhado pelos operadores, principalmente Europa.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve alta de 1,15%, cotado a 18,49 cents/lb, com máxima de 18,50 cents/lb e mínima de 18,18 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 0,98% no dia, a US$ 555,10 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento do adoçante no terminal norte-americano subiu 3,56%.
Nesta sexta-feira, o dólar caía forte sobre o real e deu importante suporte ao adoçante. A moeda estrangeira mais baixa tende a desencorajar as exportações das commodities agrícolas, mas dá suporte aos preços externos do açúcar.
Ainda no financeiro, o petróleo em baixa expressiva limitava os ganhos do adoçante nas bolsas externas.
Nos fundamentos, dava suporte aos preços os temores com o clima. "A falta de chuva recente em várias regiões produtoras de açúcar em todo o mundo é favorável aos preços do açúcar", destacou o site de commodities o Barchart.
As condições quentes e secas na França e na Alemanha ameaçam reduzir os rendimentos da beterraba sacarina. Já a cana-de-açúcar da Índia recebeu chuvas abaixo do normal em junho e julho.
Ainda fator de pressão, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe ontem que a produção de açúcar na segunda quinzena de julho totalizou 3,30 milhões de toneladas, um salto de 8,40% em relação ao mesmo período da safra passada.
A expectativa do mercado, inclusive, era abaixo do que o divulgado. Esperada em 3,25 milhões de toneladas, 6,7% a mais que no mesmo período do ano passado, segundo levantamento da S&P Global Commodity Insights divulgado na última semana.
MERCADO INTERNO
A safra do Centro-Sul do Brasil avança, mas ainda há momentos de negociações travadas no país. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,13%, negociado a R$ 129,94 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 151,63 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,68 c/lb e alta de 1,12%.
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