Petróleo dos EUA fecha abaixo de US$ 95, com ajustes da UE nas sanções à Rússia

Publicado em 22/07/2022 18:35

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Por Arathy Somasekhar

HOUSTON - (Reuters) - Os preços do petróleo nos EUA ficaram abaixo de 95 dólares o barril pela primeira vez desde abril em negociações agitadas nesta sexta-feira, depois que a União Europeia disse que permitiria que empresas estatais russas enviassem petróleo para outros países sob um ajuste de sanções acordado pelos Estados membros nesta semana.

O petróleo bruto WTI dos EUA fechou em queda de 1,65 dólar, ou 1,7%, a 94,70 dólares por barril, enquanto os futuros de petróleo Brent caíram 0,66 dólar, ou 0,6%, para 103,20 dólares.

O WTI fechou em baixa pela terceira semana consecutiva, abatido nas duas últimas sessões depois que dados mostraram que a demanda por gasolina nos EUA caiu quase 8% em relação ao ano anterior, em meio ao pico da temporada de verão, atingido por preços recordes nas bombas.

Em contraste, os sinais de forte demanda na Ásia impulsionaram o Brent, que fechou em alta pela primeira vez em seis semanas.

A negociação de futuros de petróleo tem sido volátil nas últimas semanas, com os traders tentando conciliar as possibilidades de mais aumentos nas taxas de juros, que poderiam reduzir a demanda, e a oferta apertada decorrente da perda de barris russos.

As empresas estatais russas Rosneft e Gazprom poderão enviar petróleo para outros países em uma tentativa de limitar os riscos à segurança energética global.

Sob ajustes nas sanções à Rússia que entraram em vigor nesta sexta-feira, os pagamentos relacionados às compras de petróleo bruto russo por empresas da UE não seriam proibidos.

"No curto prazo, definitivamente é uma manchete negativa que provavelmente nos deu um pouco de venda aqui", disse Phil Flynn, analista do grupo Price Futures.

O anúncio da UE ocorre depois de a presidente do Banco Central da Rússia, Elvira Nabiullina, ter dito que não fornecerá petróleo a países que decidirem impor um teto de preço ao seu petróleo e, em vez disso, irá redirecioná-lo para países que estão prontos para "cooperar" com a Rússia.

(Reportagem de Julia Payne em Londres, Jeslyn Lerh em Cingapura e Sonali Paul em Melbourne)

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Fonte:
Reuters

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