Açúcar recua nas bolsas de NY e Londres nesta 2ª com pressão do petróleo
Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (11) com queda nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado seguiu o dia negativo do financeiro, petróleo e câmbio, apesar de ainda monitoras as informações do Brasil e Índia.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,84%, ficando cotado a 18,86 cents/lb, com máxima de 19,12 cents/lb e mínima de 18,84 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato recuou 0,24%, a US$ 542,00 a tonelada.
O petróleo chegou a cair expressivamente nesta segunda-feira em meio aos temores com a Covid-19 e recessão econômica global, o que impactaria a demanda. Apesar disso, o mercado durante a tarde chegou a registrar momentos de valorização.
"O principal fator por trás da queda são as crescentes preocupações de uma desaceleração econômica global e, com isso, a acessibilidade dos preços elevados do petróleo", disse à Reuters Investec Risk Solutions em nota.
“O impacto combinado das preocupações com a desaceleração econômica global e um novo surto de COVID dificilmente poderia vir em pior momento para os mercados de petróleo”.
Ainda no financeiro, o mercado também sentiu pressão da valorização expressiva do dólar sobre o real, de quase 2% em alguns momentos, o que tende a encorajar as exportações das commodities, mas pesa sobre os preços externos.
Nos fundamentos, por outro lado, a logística na Índia, uma das maiores produtoras do adoçante, está impactada com chuvas de monção, que dificultam o transporte de estoques das fábricas aos portos. Com isso, a o país estendeu o prazo para exportação.
No Brasil, a safra 2022/23 do Centro-Sul está avançando bem, mas também estão no radar preocupações com a qualidade da safra, além da lentidão dos trabalhos de moagem ante os anos anteriores.
Também há atenção para a demanda. "Os negociantes disseram que a demanda por commodities pode não cair muito nos próximos meses, já que a economia global ainda está crescendo, apesar dos temores de recessão", destacou a Reuters.
Com isso, o açúcar deve se sustentar em torno dos níveis atuais.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar continuam em baixa no mercado interno com o avanço da safra 2022/23 no Centro-Sul. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,63%, negociado a R$ 125,98 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,72 a saca e queda de 0,42%, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,97 c/lb e alta de 2,68%.
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