Em semana marcada por temor no financeiro, café encerra acima dos 220 cents/lbp em NY
O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta sexta-feira (8) com valorização técnica para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). A semana foi marcada por temor no setor financeiro e dias de baixas expressivas foram observadas para o arábica.
Setembro/22 teve alta de 155 pontos, negociado por 220,45 cents/lbp, dezembro/22 registrou valorização de 155 pontos, cotado por 217,60 cents/lbp, março/23 teve alta de 145 pontos, valendo 214,75 cents/lbp e maio/23 teve valorização de 140 pontos, valendo 212,95 cents/lbp.
Em Londres, o dia também foi marcado por valorização. Setembro/22 teve alta de US$ 37 por tonelada, valendo US$ 1981, novembro/22 teve alta de US$ 35 por tonelada, cotado por US$ 1982, janeiro/23 teve alta de US$ 35 por tonelada, negociado por US$ 1978 e março/23 teve valorização de US$ 35 por tonelada, negociado por US$ 1975.
A valorização do real ante ao dólar deu suporte ao preço do café neste pregão. A moeda encerrou com desvalorização de 1,44% e cotado por R$ 5,27 na venda. A semana foi marcada por temor no financeiro, com a possibilidade de uma recessão. Mas, de acordo analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, em outros períodos de crise o café se mostrou resiliente e se manteve, mas alteração no perfil de consumo poderá ser notada caso a recessão se confirme.
Do lado dos fundamentos, eles continuam sólidos para valorização do café. Além da preocupação com a safra brasileira, ainda em ritmo lento nas principais origens produtoras do país, a Colômbia divulgou nesta semana que no mês de junho o país vizinho produziu 10% a menos que no mesmo período no ano passado. A preocupação com a oferta global persiste e junto com a queda nos estoques certificados na ICE devem manter as cotações nos patamares atuais, apesar dos fatores externos influenciarem na volatilidade dos preços.
No Brasil, o dia foi marcado por estabilidade nas principais praças de comercialização do país. Os produtores continuam fechando negócios a medida em que precisam de caixa.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,10% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.350,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,73%, valendo R$ 1.380,00, Patrocínio/MG teve queda de 0,37%, cotado por R$ 1.355,00 e FRanca/SP teve queda de 0,72%, valendo R$ 1.380,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,04% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.425,00, Poços de Caldas/MG teve valorização de 0,68%, valendo R$ 1.490,00, Patrocínio/MG teve baixa de 0,36%, valendo R$ 1.390,00 e Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 1.435,00.
0 comentário
Após muita volatilidade bolsa de Londres encerra sessão desta 6ª feira (20) com quedas nas cotações futuras
Café em Prosa #195 - Museu do Café passa por reposicionamento institucional e ganha nova identidade visual
MAPA avança na assinatura dos contratos para desembolso de recursos do Funcafé para a Cafeicultura
Mercado cafeeiro segue volátil no início da tarde desta 6ª feira (20)
Futuros do café robusta recuam e saca volta a ser negociada na faixa dos US$ 4 mil/tonelada no inicio desta 6ª feira (20)
Safra de café 25/26 do Brasil deve cair 5%, para 62,45 mi de sacas, diz Safras