Com disparada do petróleo, açúcar salta nesta 5ª e já está acima de 18,50 cents/lb
Os contratos futuros do açúcar fecharam a sessão desta quinta-feira (07) com alta moderada na Bolsa de Londres e expressiva, de quase 3%, em Nova York. O suporte vem do petróleo e câmbio no financeiro, além de atenção aos fundamentos.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 2,95%, ficando cotado a 18,52 cents/lb, com máxima de 18,59 cents/lb e mínima de 17,98 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato subiu 0,68%, a US$ 535,20 a tonelada.
Os preços do petróleo voltaram a subir nesta quinta-feira com atenção para oferta apertada do óleo, inclusive suplantando as perdas dos últimos dias em meio aos temores de recessão. A alta do mercado do óleo impacta também no adoçante.
As oscilações do óleo impactam diretamente nos preços dos combustíveis, ou seja, também influenciam na decisão das usinas entre produzir açúcar ou etanol durante a safra. O adoçante também sente o suporte da desvalorização do dólar sobre o real.
"Com o fornecimento de petróleo russo caindo à medida que o ano avança e fica sem partes ocidentais para manter os campos, e com o resto da Opep irremediavelmente sem investimento na manutenção da capacidade de produção, temo que os dias de petróleo de US$ 100 estarão conosco por algum tempo", disse Jeffrey Halley, analista de mercado sênior da OANDA.
O avanço da safra 2022/23 do Centro-Sul do Brasil também está no radar em meio preocupações com a qualidade da safra, além da lentidão dos trabalhos de moagem ante os anos anteriores. Também há atenção para os incêndios.
"Em geral, há uma qualidade de cana menor do que no mesmo momento do ano passado. Obviamente isso tem sido diferente em várias regiões e o que também chama a atenção é a produtividade até agora", disse Andy Duff, estrategista global de açúcar Rabobank.
Além disso, a agência de notícias Reuters destaca preocupação com a oferta.
"Negociantes disseram que o açúcar bruto provavelmente se consolidará acima de 18 centavos, ajudado pela força nos preços do branco, onde os futuros próximos estão sendo negociados com prêmio para datas posteriores até outubro próximo, indicando oferta apertada", disse.
MERCADO INTERNO
As baixas têm sido mais constantes no mercado interno do açúcar com o avanço da safra 2022/23. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,78%, negociado a R$ 126,65 a saca de 50 kg.
Segundo pesquisadores do Cepea, a liquidez foi mais baixa em relação ao período anterior, sobretudo devido à fraca procura, mas agentes das usinas não cederam nos preços pedidos, em especial para o cristal tipo Icumsa 150, que vem apresentando oferta restrita nesta safra 2022/23
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 154,37 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 18,90 c/lb - estável.
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