Soja: Chicago tem 4ª feira de tímida recuperação para grão, farelo e óleo depois da agressiva queda de ontem
A quarta-feira (6) é de recuperação para os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago. Depois de despencarem na sessão anterior, acompanhando o movimento das demais commodities e refletindo os temores de uma recessão, os futuros da oleaginosa retomavam parte das perdas e, por volta de 8h10 (horário de Brasília), subiam de 7,75 a 10,50 pontos nos principais contratos. Assim, o agosto tinha US$ 13,44 e o novembro, US$ 13,25 por bushel.
Entre os derivados, também eram observados tímidos movimentos de alta, mas sem mexer muito com os preços efetivamente. No óleo, alta de 0,3% no primeiro contrato, para 57,61 cents de dólar por libra-peso e de 0,8% no farelo, para US$ 380,70 por tonelada curta, ambos referindo-se aos seus contratos mais negociados.
O mercado ainda sente forte a sombra da recessão econômica e o peso que isso deve exercer sobre as commodities, porém, também divide sua atenção com os fundamentos. E entre eles está o desenvolvimento da nova safra americana e todo o cenário climático no Corn Belt para os próximos meses.
Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) voltou a reduzir a qualidade das lavouras de soja e milho do país em seu reporte semanal.
São 63% das lavouras de soja em boas ou excelentes condições, contra 65% da semana anterior e 64% da expectativa do mercado. Há um ano, este índice era de 59%. O reporte indica ainda 28% dos campos em situação regular, contra 27% da semana passada, e 9% em condições ruins ou muito ruins, enquanto eram 8% na semana anterior.
O USDA aponta ainda que 16% das lavouras da oleaginosa estão em fase de florescimento, contra 7% da semana passada, 27% de 2021 e 22% de média dos últimos cinco anos. São ainda 3% já formando vagens, mesmo índice da semana passada e da média plurianual.
Assim, os traders deverão seguir se dividindo entre cenário fundamental e financeiro, também monitorando a demanda chinesa e como ele deve se dar frente a todas estas condições. O movimento do dólar - em especial frente ao real - também é acompanhado de perto.
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