Desempenho do frango (vivo e abatido) na 26ª semana de 2022, passagem do 1º para o 2º semestre
Tanto o frango abatido como o vivo entraram em julho com tendência de zerar os ganhos que vinham obtendo – algo natural após a série de correções obtidas nos últimos meses, mas, novamente, um indicador preocupante para o setor produtivo já que custos e inflação permanecem em evolução.
Na 26ª semana de 2022, passagem do primeiro para o segundo semestre, o frango abatido antecipou-se à virada do mês e já no meio da semana (29/6, quarta-feira) iniciou processo de reversão de preço que se estendeu aos outros dois dias de negócios da semana.
Em decorrência, abriu o mês de julho com valor inicial superior à média de junho passado, como mostra a tabela abaixo à direita. Mas se isso significa ganho de, aproximadamente, 3% sobre o mês anterior, também corresponde a uma variação inferior a 4% sobre julho de 2021, índice muito aquém da evolução da inflação oficial, ainda superior a dois dígitos.
Situação muito similar é experimentada pelo frango vivo que, permanecendo no interior paulista com a cotação inalterada desde maio passado, registra evolução de apenas 2,21% sobre julho de 2021. Pior, no entanto, é que – com as negociações semiparalisadas – corre o risco de, em menos de duas semanas, ver esse ganho reduzido a zero, pois os R$6,00/kg ora vigentes também vigoraram no ano passado entre os dias 15 de julho e 3 de novembro.
Para que isso não ocorra vai ser preciso que o frango abatido obtenha boa recuperação e abra novamente espaço para a ave viva, algo difícil de ocorrer em um mês em que não há merenda escolar e boa parte da população sai em gozo de férias. Mas quem sabe o novo Auxílio Brasil e o Vale Gás deem algum empuxo à demanda de alimentos.
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