Crédito de carbono agrícola: Indigo realiza maior emissão global em escala no mercado

Publicado em 01/07/2022 10:39
O programa pioneiro para emissão de crédito de carbono por produtores rurais fornece um novo fluxo de receita global para os agricultores e uma solução acessível, escalável e sustentável para as mudanças climáticas

A Indigo, empresa de tecnologia que desenvolve produtos biológicos e soluções de crédito com o objetivo de promover uma agricultura mais sustentável, acaba de anunciar a finalização da primeira safra de créditos de carbono agrícola certificados, gerados em escala, através do programa líder da indústria Carbon by Indigo, que serão formalmente emitidos pela Climate Action Reserve (Reserva de Ação Climática ou CAR) nos próximos dias. Este marco histórico estabelece créditos de carbono agrícola como um novo fluxo de receita global para produtores e uma solução climática, baseada em recursos existentes na natureza, para as empresas.

 

Avaliada em 20.000 créditos, corresponde à maior emissão de créditos de carbono já realizada no setor agrícola mundial, e apenas a primeira em um crescente mercado voluntário de carbono que, segundo especialistas, deve chegar a US$ 50 bilhões até 2030, o equivalente a quase 260 bilhões de reais considerando o valor do câmbio atual. Outra boa notícia é o anúncio de que a Indigo garantiu compromissos de compra a um preço de US$ 40/crédito (cerca de R$ 207/crédito), um aumento de 100% desde o lançamento do programa, em 2019.

 

Embora as tecnologias emergentes de sequestro de carbono enfrentem desafios para conseguir remover rápido e de forma escalonável os gases de efeito estufa na medida necessária para limitar o aquecimento global abaixo de 1,5 grau Celsius, as soluções baseadas em recursos existentes na natureza trazem oportunidades únicas que preenchem efetivamente essa lacuna. Historicamente, a agricultura é responsável pela produção de menos de 1% dos créditos voluntários de carbono. Com isso, essa emissão de créditos demonstra como produtores rurais e agrônomos podem ajudar a construir um caminho imediato, escalável e comprovado para a mitigação das mudanças climáticas em um dos maiores e mais críticos sumidouros de carbono do mundo: o solo.

 

“Não é exagero dizer que este anúncio é um marco histórico. Pela primeira vez, conseguimos medir e verificar, em uma escala comercial sem precedentes, os esforços de produtores rurais para a remoção e redução de carbono”, disse Ron Hovsepian, CEO da Indigo. “A emissão de créditos anunciada hoje valida o papel da agricultura no atendimento da necessidade urgente do mundo para o tipo de sustentabilidade e soluções climáticas que queremos alcançar”, completa.

 

Para Craig Ebert, presidente da Climate Action Reserve, essa emissão de créditos é resultado de um esforço colaborativo para criar uma solução inovadora e robusta para geração de crédito precisa e econômica na agricultura, criando um mecanismo para catalisar e recompensar a adoção de práticas agrícolas sustentáveis. “Esses créditos são evidências tangíveis de que, ao melhorar voluntariamente a saúde do solo, os agricultores obtêm uma nova fonte confiável de renda e se beneficiam do investimento global em créditos de carbono necessários para resolver a crise climática”.

 

Para ajudar os agricultores a produzir créditos de carbono seguindo os mais altos padrões de quantificação da indústria, a Indigo implementou uma abordagem inovadora e híbrida que combina amostragem e modelagem do solo para gerar créditos em escala. Esses créditos foram, então, verificados e emitidos pela The Reserve para uso exclusivo da rede global da Indigo que conta com quase 20 marcas comprometidas com a compra de créditos de carbono. Essa primeira produção em escala de créditos de carbono agrícola verificados e certificados reflete o esforço de 175 agricultores que adotaram práticas favoráveis ao clima, como estratégias de cultivo e plantio direto em mais de 40.500 hectares nas safras 2018-2020.

“Nosso objetivo como família agricultora é gerar uma operação lucrativa para a próxima geração. A fazenda não parece a mesma de quando meu avô a iniciou e vejo os créditos de carbono como uma opção nova e valiosa para nós a longo prazo”, disse Lance Unger, agricultor de Indiana que ganhou mais de US$ 26.000 em receita adicional de créditos de carbono por meio do programa. “Nosso solo pode produzir créditos de carbono todos os anos. E quanto mais empresas se concentram em se tornar neutras em carbono, mais valiosos são esses créditos de carbono. Quando você adiciona a isso os benefícios agronômicos e ambientais para nós, incluindo a saúde do solo e das plantas, é uma vitória para todos”.

A Indigo conta com quase dois mil agricultores e mais de 2 milhões de hectares inscritos neste modelo de negócio sustentável. A segunda emissão de crédito, prevista para o início do próximo ano, será calculada com base nos esforços de cultivo de carbono dos agricultores até 2021 e deverá resultar em uma safra de crédito de pelo menos o dobro do tamanho da emissão anunciada hoje.

Presente no Brasil e na Argentina, a América Latina é mercado-chave para a Indigo. Na região, a expectativa de crescimento da empresa é de, ao menos, 100% em 2022 em relação a 2021, quando ultrapassou em 74% a meta de hectares estipulada para o ano. Para isso, a implementação de novas soluções como o Carbon by Indigo, ao lado do desenvolvimento e adaptação da plataforma própria para comercialização de grãos, o Market+ Indigo são prioridades, sendo que esta segunda desembarca em breve na Indigo Latam. Atualmente, na região, a Indigo atua por meio de duas soluções – linha de produtos biológicos de alta performance e crédito agrícola via barter.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Indigo

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário